Cresce oferta de emprego

17-11-2011 10:13

Ministério do Trabalho mostra que, em setembro, foram criadas 3.759 vagas formais no Maranhão. Esta é a segunda maior marca para o período desde 2003.

Quem está à procura de emprego no Maranhão, anime-se porque este é o lugar certo. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério de Emprego e Trabalho (MTE), em setembro de 2011, foram gerados 3.759 vagas de emprego formais no estado. Isto equivale a uma expansão de 0,91% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês de agosto. Esta é a segunda maior marca do estado para o período desde 2003, perdendo apenas para setembro de 2008, quando foram criados 4.165 postos de trabalho.

A pesquisa, que analisa a evolução do volume de empregos formais em municípios com mais de 30 mil habitantes do estado do Maranhão, verificou que São Luís foi o município que mais empregou. Foi um saldo de 2.144 vagas no mercado, seguido de Imperatriz, com 695, e Açailândia, com 407. Os piores resultados foram das cidades de Caxias, Buriticupu e Paço do Lumiar, que tiveram saldo negativo, ou seja, houve mais demissões que admissões. Com isso, os saldos destes municípios foram de -38, -39 e -183, respectivamente.

Assim, no acumulado dos nove primeiros meses deste ano, houve um acréscimo de 22.329 postos, o que representa uma taxa de crescimento de 5,52% durante o ano. Já, se comparado os 12 últimos meses, os números são maiores, ocorrendo uma expansão de 5,77% no quadro de criação de vagas, resultando em um saldo de 23.307 postos de trabalho.

Os setores que mais empregaram neste período foram o de serviços, com 1.530 postos, da Construção Civil, com 883, e Comércio, com 878. Segundo o Caged, quem não empregou neste mês foram as áreas de Extrativismo Mineral, Administração Pública e Agropecuária, com uma variação absoluta de 0, -14 e -143, respectivamente.

Segundo o primeiro secretário do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Maranhão, Jorge Luís França, esse crescimento no número de vagas de emprego no setor se dá não somente porque o mercado da construção civil está aquecido no estado, mas também porque há uma volatilidade muito grande no número de contratações e dispensa de trabalhadores da área.

“As obras costumam durar cerca de seis meses a um ano. Isso faz com que, constantemente, sejam criados novos postos de serviço. Porém, existe o caso de que os empregadores da construção civil costumam contratar a mão de obra e, quando passa o período de 90 dias, que corresponde ao contrato de experiência, eles são dispensados para que não haja um custo com as verbas trabalhistas e, assim, novas pessoas começam a trabalhar na obra com a vacância das funções anteriores”, denuncia Jorge.

Ele alerta que este crescimento também é reflexo da mão de obra barata que há no estado, se comparado ao metro quadrado vendido em São Luís, por exemplo. “Um metro quadrado custa cerca R$ 983, enquanto o piso salarial de um pedreiro é de R$ 860,20 e de um servente é R$ 850,20. Logo, os empregadores sempre sairão lucrando nesta relação, que PE de extrema incoerência”, diz o primeiro secretário do sindicato classista.

Comércio

O comércio já esperava este crescimento, tendo em vista que se aproxima o período de fim do ano, onde as vendas se aquecem, sendo necessário contratar mais mão de obra, muitas vezes dobrando o quadro de funcionários das empresas para abarcar a demanda. A expectativa da Federação do Comércio do Estado do Maranhão é que sejam criadas pelo menos mais 3.000 vagas de empregos no setor de comércio nestes últimos meses do ano. E que cerca de 30% dessas contratações temporárias sejam efetivadas para o início do próximo ano, quando naturalmente se tem um alto nível de demissões.

A presidente em exercício da Federação dos Empregados no Comércio do Estado do Maranhão (Fecema), Lausina Morais, anima-se com os números. Segundo ela, estes decorrem também do fato de novas empresas terem se instalado no estado, como o exemplo do Grupo Novo Mundo, e a expansão de outras, como o Grupo Mateus.

“Ainda, a profissionalização dos trabalhadores tem sido um diferencial, pois eles têm buscado se aperfeiçoar, e logo estão ocupando todos os cargos disponíveis no mercado. Com isso, são mais pessoas trabalhando, poder aquisitivo crescendo, consequentemente, o aquecimento das vendas e a criação de novos postos para abarcar essa demanda insurgente”, explica Lausina.

Palavra do especialista:

“A crise mundial não chegou a afetar fortemente nossa economia, pois vivemos um momento de estabilidade econômica, tendo experimentado nos últimos anos um desempenho muito positivo no que diz respeito à manutenção do crescimento das vendas, seja em volume de unidades comercializadas, seja na receita com as operações. Esses fatores levaram a um equilíbrio inflacionário, ao aumento da renda da população, reforçado pelas transferências federais de recursos com os programas sociais e, por conseqüência disso tudo, uma queda significativa no nível de desemprego. É fato que continuamos em um desenvolvimento muito positivo para o setor de comércio e serviços. Nada como o experimentado no ano passado, quando tivemos um crescimento de 10% em relação a 2009. Quando comparamos este ano com o ano passado, temos uma base de crescimento mais modesta, mas temos que levar em conta que estamos comparando com uma taxa de aquecimento bastante alta que foi registrada em 2010. Apesar disso, esse freio do consumo é um reflexo sim da crise mundial, mas nada que preocupe o empresariado local. O aperto monetário proposto pelo governo através do Banco Central neste ano, inibindo o crédito, e a alta taxa de câmbio também foram motivos para não superarmos os números de 2008 em relação ao emprego”. (Fonte: O Imparcial)

 

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