Dois cargueiros Valemax estão fundeados na Baía de São Marcos, em São Luís

06-04-2012 10:16

 

Vale Brasil chegou ontem à costa da Ilha e o Vale Itália baixou âncoras no dia 28 de março último.

Dois navios da classe Valemax, os maiores mineraleiros do mundo, com 400 mil toneladas de porte bruto (TPB) e capacidade de carga de 390 mil toneladas, estão fundeados na Baía de São Marcos, de acordo com os sites Marine Traffic e Pratimar, empresa de praticagem. Os navios são: Vale Itália, que chegou à costa de São Luís no dia 28 de março, e o Vale Brasil, que baixou âncoras ontem (5).

Curiosamente, até o fim da tarde de ontem, no site da Vale, não consta o registro das duas embarcações, apenas a estimativa de chegada do Vale China, para o dia 30 deste mês, e do Berge Stahl, que outrora ostentou a classificação de maior mineraleiro do mundo, com 355 mil toneladas de capacidade de carga, com chegada prevista para domingo (8).

Cargueiros com capacidade de carga acima de 300 mil toneladas têm sido alvo de polêmica no meio marítimo, desde o início de operações do Vale Brasil, em maio do ano passado. A China, no início deste ano, chegou a proibir a entrada em seus portos de embarcações desse porte, alegando questões de segurança ambiental, mas o noticiário internacional creditou o embargo a disputas pelo preço do frete com armadores asiáticos, proprietários de embarcações abaixo dessa classificação de tonelagem. O caso está sendo negociado pela Vale com o governo chinês.

Desde então, os Valemax, que inicialmente tinham como objetivo baratear o custo do transporte do minério de ferro da Serra de Carajás (PA), via Terminal Portuário Ponta da Madeira (MA), para o mercado chinês, passaram a descarregar a commodity na Europa e no Oriente Médio.

Recentemente, a Vale divulgou a estratégia de utilizar portos em Omã e na Malásia para descarregar os Valemax e, em seguida, abastecer navios de menor porte para acessar os portos chineses.

Acidente - Um fato interessante dos Valemax, frota estimada em 35 embarcações, sendo 19 da mineradora e outras 16 de empresas parceiras da Vale, foi o acidente ocorrido no início de dezembro do ano passado com o Vale Beijing, que carregava minério em Ponta da Madeira e apresentou rachaduras nos tanques de lastro da popa (traseira). Era a viagem inaugural da embarcação e a notícia repercutiu no cenário internacional.

O navio não chegou a carregar totalmente as 380 mil toneladas previstas, pois quando os porões estavam com 260 mil toneladas de minério ocorreu o acidente e o navio foi retirado às pressas de Ponta da Madeira e fundeado a 60 km da costa, onde estão atualmente o Vale Itália e o Vale Brasil.

Depois do acidente, técnicos da Marinha e da empresa proprietária do navio, a STX Pan Ocean, da Coreia do Sul, onde a embarcação foi construída, fizeram várias vistorias e um reparo de emergência foi efetuado no casco. O Vale Beijing, então, seguiu viagem, em fevereiro deste ano, para o Porto de Sohar, em Omã, onde foi descarregado.

A notícia mais recente do Valemax foi divulgada esta semana, por agências internacionais, de que o Vale Beijing segue viagem para a Coreia do Sul, para uma inspeção no estaleiro da STX, onde provavelmente será feito o reparo definitivo no casco.

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Os navios da classe Valemax têm capacidade para transportar 390 mil toneladas de minério, os maiores do mundo, atualmente. Foram encomendados a estaleiros asiáticos 35 navios e, até o momento, cinco iniciaram as operações, sendo o primeiro o Vale Brasil, que realizou o primeiro carregamento no primeiro semestre do ano passado, no Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM), em São Luís (MA). Em seguida vieram o Vale Rio de Janeiro e Vale Itália, seguido do Vale China e do Vale Beijing. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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