Domingo com gás, táxis e pais
A presente edição está marcada por três assuntos de ponta. O primeiro é a informação segundo a qual o Maranhão vai começar a produzir gás no ano que vem. O segundo é a confirmação de que pelo menos 40% da frota de táxis de São Luís é formada por piratas, mas com um dado adicional surpreendente. E o terceiro é a homenagem aos pais.
Desde que foi anunciada, pela OGX, a instalação da primeira perfuratriz no território de Capinzal do Norte, na região central do estado, para prospectar em busca de óleo e gás, uma janela enorme foi aberta para o desenvolvimento econômico do Maranhão. Quando a Petrobras realizou os leilões das bacias potencialmente petrolíferas, boa parte das empresas interessadas tentou arrematar os blocos da chamada Bacia do Parnaíba, que cobre boa parte do Maranhão. A prospecção em Capinzal do Norte correspondeu às expectativas: ali foi localizada uma reserva de gás correspondente ao que o Brasil importa hoje da Bolívia.
Todos os investimentos feitos até agora indicam acerto. Tanto que a mais nova boa notícia, manchete principal desta edição, é o anúncio de que a OGX iniciará a exploração de gás a partir do ano que vem. Isso significa que o Maranhão entrará para o seleto e bem-sucedido time dos estados produtores de gás, com a vantagem de que a reserva a ser explorada é imensa. Poderá se transformar, em pouco tempo, num dos esteios da economia estadual.
No contrapeso da boa notícia, a Editoria de Cidades informa, com dados bem apurados, que, de fato, uma grande fatia da frota de táxis que circula atualmente em São Luís é formada por piratas. Não era uma informação nova, porque a pirataria é antiga nessa área. O que surpreende no novo cenário de ilegalidades é que muitos dos táxis piratas pertenceriam às cooperativas. Mais surpreendente é o argumento: há mais de uma década a Prefeitura não libera licença para novos táxis. A população aumentou, a demanda também; enquanto isso, a frita estagnou, segundo os taxistas. A consequência é a pirataria, que tende a aumentar. Hoje, há um taxi pirata para cada quatro táxis legalizados, uma situação no mínimo inaceitável. Mas é fato, infelizmente, e não há perspectiva de mudança nessa realidade.
Entre notícias boas e ruins, esta edição dedica uma parte expressiva das suas páginas aos pais. Espalhadas em várias editorias, a começar pela de Política, as informações sobre eles têm enfoque diversos, que culminam os registros curiosos e interessantes feitos pelo caderno DOM. Assim, o jornal homenageia esses heróis anônimos. (Fonte: O Estado do Maranhão)