EBX aumenta ganhos com aditivo de contrato entre MPX e MMX

04-05-2012 11:09

 

RIO - O aditivo assinado ontem relativo ao contrato de compra e venda de energia anunciado no ano passado pela energética MPX e a mineradora MMX faz parte de uma estratégia do grupo EBX para aumentar seus ganhos. A holding, do empresário Eike Batista, controla as duas empresas.

O acordo original previa que a MPX fornecesse 200 MW médios à MMX, a partir de maio de 2014, pelo período de 15 anos. O preço do contrato era de R$ 125 por MWh. O contrato, que prevê o atendimento à mina de Serra Azul, da MMX, seria integralmente lastreado pela energia proveniente da autoprodução do complexo termelétrico a gás natural do Parnaíba, no Maranhão, da MPX.

Como a comercializadora da MPX teve, segundo a empresa, “uma oportunidade de comprar energia em um momento favorável’, a preços mais atrativos, o grupo decidiu rever o contrato com a mineradora. Dessa forma, nos primeiros quatro anos, de 2014 a 2018, o contrato será lastreado pela MPX Comercializadora, a um preço muito inferior, de R$ 102/MWh.

Com a medida, a MPX buscará oportunidades de negócios mais atraentes para vender a energia da autoprodução da usina do Parnaíba, no mercado livre ou em leilões de energia. Na prática, o grupo passará a consumir energia a R$ 102/MWh e venderá a R$ 125/MWh.

“Isso está de acordo com a estratégia em curso da MPX em capturar oportunidades no mercado de energia e usar o seu braço de comercialização de energia para maximizar o valor de seus ativos”, afirmou a empresa em comunicado enviado ontem ao mercado.

A companhia energética também explicou que um contrato de autoprodução tem vantagens em relação a um contrato bilateral (como o assinado pela MPX Comercializadora) relativas à isenção de encargos do setor energético, “os quais atualmente totalizam aproximadamente R$ 40/MWh”.

A MPX e a MMX, no entanto, não informaram por que alteraram o volume de energia comercializada nos dois primeiros anos do contrato. Em 2014, serão fornecidos 64 MW médios e, em 2015, 185 MW médios. A partir de 2016 serão entregues 200 MW médios. (Fonte: Valor Econômico)

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