Editorial: As medidas e o Maranhão do futuro

04-04-2012 08:32

Apresidente Dilma Rousseff concretizou ontem anúncio feito durante viagem à Índia, na semana passada, e lançou um pacote de medidas destinadas a incrementar a indústria nacional para, assim, aplicar uma forte injeção de ânimo na economia brasileira, hoje considerada a sexta maior do mundo, superando, em volume, a da Grã-Bretanha. São medidas de caráter geral, mas que, de alguma maneira, terão influência no processo de construção econômica do Maranhão, que ganha forma de polo de desenvolvimento regional.

O pacote é formado por medidas técnicas e fiscais - como a desoneração das folhas de pagamento de vários setores, investimentos no sistema portuário e incentivos a segmentos de exportação -, que visam dinamizar a economia, aumentar a produção industrial e estimular o consumo, podendo também ampliar o quadro de empregos. Em princípio, nada tem a ver com o processo em evolução no Maranhão, que aos poucos vai ampliando o seu parque industrial. Mas o fortalecimento da economia, como quer a presidente Dilma Rousseff, está diretamente relacionado também com a ampliação da base econômica e industrial do país, traduzida nos investimentos em curso em diversos estados, entre eles o Maranhão.

São vários os elementos que incluem o Maranhão no cenário do desenvolvimento econômico nacional. O primeiro deles é a posição geográfica estratégica do estado, que está numa situação privilegiada em relação aos grandes mercados do planeta. Outro é a privilegiada infraestrutura portuária, por onde escoa, por exemplo, o minério de ferro extraído da mina de Carajás, a pelota produzida em São Luís e o gusa que sai de várias usinas, matéria-prima e produtos exportados para todos os continentes. Pelo complexo, saem também o alumínio e a alumina do complexo industrial da Alumar. Em breve, contará com o Terminal de Grãos, por onde sairá, por exemplo, toda a produção de soja da região, parte dela sápida do próprio estado, que vai aos poucos se transformando em importante pólo do agronegócio.

Nesse contexto, o Maranhão ganha, a cada momento, importância estratégica para o país no campo econômico. O dado mais evidente dessa posição é o projeto, em fase inicial de implantação, da Refinaria Premium I da Petrobras no município de Bacabeira, na área metropolitana de São Luís. Trata-se de um investimento de R$ 40 bilhões e que na avaliação da Secretaria de Indústria, Comércio e Desenvolvimento é o maior empreendimento industrial em implantação em todo o mundo. Ao lado do complexo para refino de petróleo, o Maranhão sedia, em Imperatriz, um complexo gigantesco para a produção de celulose, empreendimento no qual a Suzano está investindo nada menos que R$ 4 bilhões. Dois exemplos de uma pauta de investimentos que chegará a R$ 100 bilhões nos próximos anos.

Há duas semanas, a cúpula do BNDES passou um dia inteiro em São Luís reunida, primeiro com a governadora Roseana Sarney e sua equipe, e em seguida com representantes graduados da classe empresarial maranhense, para comunicar que o banco dispõe, em carteira, de R$ 10 bilhões para investir no estado até 2015. O governo estadual respondeu apresentando projetos no valor de R$ 2,5 bilhões. O banco aguarda agora os pleitos da iniciativa privada.

Mesmo não dispondo de um parque industrial para absorver as medidas anunciadas ontem pela presidente Dilma Rousseff, o Maranhão está no cenário de um Brasil que cresce e se desenvolve, com grandes perspectivas para se tornar um centro industrial no qual iniciativas de monta do governo central o alcancem integralmente. O segredo é acreditar e trabalhar. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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