Editorial: Hora de mostrar competência
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dispõe de R$ 10 bilhões para investir no Maranhão nos segmentos público e privado em projetos voltados para a geração de emprego e renda e que tenham relação direta com o combate à pobreza e à exclusão. Essa foi a informação principal dada ontem pelo presidente da instituição, economista Luciano Coutinho, a líderes empresariais maranhenses de diversos segmentos, em reunião de trabalho e, em seguida, à governadora Roseana Sarney (PMDB), em reunião no Palácio dos Leões.
A vinda da cúpula do BNDES ao Maranhão é parte de um grande esforço feito pela governadora Roseana Sarney para incrementar o processo de desenvolvimento econômico e social do estado, incluindo programas cujo objetivo direto é reduzir ao máximo a pobreza e a exclusão e, assim, elevar os indicadores sociais e econômicos maranhenses. O Governo do Estado se preparou para a rodada de negociações elaborando um projeto arrojado de combate à pobreza com custo inicial de R$ 2,3 bilhões nas áreas de infraestrutura, saúde, segurança pública, desenvolvimento agrário, agricultura familiar e saneamento básico, principalmente abastecimento de água.
A cargo da Casa Civil do Governo do Estado, o megaprojeto é um desafio gigantesco. Sua elaboração, segundo avaliação de técnicos governamentais, foi tão bem concebida que todos os projetos estão interligados, para que os objetivos, bem definidos em cada uma das áreas, possam ser alcançados de maneira conjunta, de modo a não haver desequilíbrio nos segmentos a serem alcançados pelas ações previstas. Na reunião de trabalho realizada no Palácio dos Leões entre a governadora do Estado e o presidente do BNDES, o projeto foi apresentado detalhadamente, e a julgar pelas declarações que se seguiram, reúne todas as condições para ser viabilizado.
Todos os recursos que o BNDES vier a concentrar no Maranhão poderão facilmente garantir retorno em todos os sentidos - os investimentos, se bem aplicados, incrementarão a economia do estado e certamente garantirão retorno à instituição financiadora. Nosso estado é hoje um dos mais viáveis do país, tem posição geográfica privilegiada em relação aos grandes mercados do mundo, dispõe de uma infraestrutura portuária invejável, escoa o minério de ferro de Carajás e uma quantidade cada vez maior de grãos e se prepara para ser um dos mais importantes pólos petrolíferos da América Latina.
É nesse cenário de ebulição desenvolvimentista que governo estadual e BNDES se dão as mãos para reforçar esse processo. O governo está fazendo a parte que lhe cabe ao trazer o BNDES para dizer o que dispõe para investimentos no estado. Cabe agora à classe empresarial fazer a dela, mostrando competência e propondo ao banco projetos de investimentos que se enquadrem nas linhas de financiamentos disponíveis. (Fonte: O Estado do Maranhão)