Editorial: Três notícias e uma confirmação
Em menos de um mês, três informações publicadas por O Estado reafirmaram nos maranhenses a convicção de que o Maranhão será mesmo, ainda nesta década, um dos maiores polos da indústria petrolífera na América Latina, com a entrada em funcionamento da Refinaria Premium I, que está sendo implantada em Bacabeira. O complexo custará R$ 40 bilhões e será implantado em duas fases, uma em 2016, quando será inaugurada para refinar 300 mil barris diários, e outra prevista para entrar em funcionamento, em 2019, quando a produção será de 600 mil barris a cada 24 horas.
A primeira informação que animou de vez os maranhenses foi a declaração da nova presidente da Petrobras, engenheira Graça Foster, ao secretário estadual de Minas e Energia, Ricardo Guterres. Numa rápida conversa que os dois mantiveram no ato em que foi ela empossada na direção maior da empresa, ele a indagou sobre o futuro do projeto e ouviu que a Refinaria Premium do Maranhão é uma das prioridades da Petrobras e que o projeto será implantado dentro do cronograma previsto. Assim, Graça Foster mandou para os ares todas as dúvidas que alguns pessimistas - ou malfeitores - tentaram plantar sobre o futuro do projeto.
A segunda informação, publicada nesta semana, anunciou a retomada da mobilização de técnicos e operários da construção civil para a retomada das obras de infraestrutura - preparação, por terraplanagem, da área onde será implantado o complexo industrial, com a construção, também, de obras civis de infraestrutura, como fundações e canais de concreto. As obras foram suspensas em dezembro passado, por causa das chuvas. A desativação temporária dos trabalhos deu margem a uma série de especulações descabidas e irresponsáveis no sentido de que o projeto poderia ter naufragado. Os maus agouros foram para o limbo com o anúncio da reativação do canteiro em maio.
A notícia mais vibrante e estimuladora nasceu quinta-feira e foi noticiada ontem por O Estado: os primeiros equipamentos da Refinaria Premium I do Maranhão serão encomendados já neste ano. Independentemente de qualquer outra informação que venha à tona sobre o projeto, a encomenda de equipamentos pode ser interpretada como a consolidação definitiva do projeto. A começar pelo fato de que, tecnicamente, uma refinaria é um complexo de milhares de partes essenciais, concebidas a partir de estudos avançados e sofisticados de engenharia e cuja produção só faz sentido quando a implantação do projeto é irreversível. Daí o fato de que a informação sobre a encomenda de equipamentos ganha o peso de garantia de que o projeto encontra-se, de fato, na pauta de prioridades da Petrobras.
Esse conjunto de informações reafirma um empreendimento cuja implantação mobilizará pelo menos 10 mil trabalhadores para que a primeira seja, proporcionará, na fase inicial, a circulação de um grande volume de recursos no Maranhão, abrirá milhares de empregos diretos e indiretos e estimulará a viabilização de inúmeros empreendimentos que vão da prestação de serviços à indústria de apoio. Por isso, não é demasiado afirmar que a Refinaria Premium será o carro-chefe da transformação definitiva do Maranhão em polo econômico regional. (Fonte: O Estado do Maranhão)