Editorial: BR-135 mais larga

07-05-2012 09:57

 

Uma boa notícia: a duplicação da BR-135 no trecho entre Estiva e Bacabeira será finalmente licitada amanhã, segundo anúncio oficial feito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT). A formalização da concorrência pública para a obra não apenas confirma o cronograma acertado pelo Ministério dos Transportes com o Governo do Estado e com as representações parlamentares que reivindicaram a obra, mas também sinaliza a garantia que os maranhenses estão há muito aguardando.

Não é novidade que a BR-135 no trecho a ser duplicado se transformou, de alguns anos para cá, numa espécie de “corredor da morte” devido à quantidade de acidentes ocorridos nos seus pouco mais de 20 quilômetros. Foram dezenas colisões, que resultaram em óbitos. A crônica da estrada em tempos recentes tem sido de preocupação e dor, já que muitas pessoas perderam a vida nos casos registrados pela Polícia Rodoviária Federal, que responde pelo controle da rodovia, que é, vale lembrar, a única ligação rodoviária entre São Luís e o resto do mundo.

A duplicação da BR-135 naquele trecho não é um pleito recente. Ela vem sendo formulada há muitos anos, sem que os responsáveis pela manutenção e conservação de rodovias federais tivessem sensibilidade suficiente para entender o apelo dos mais diversos segmentos da sociedade organizada do Maranhão. Primeiro, foram os motoristas; depois, entraram os empresários, para os quais São Luís, por sua grandeza histórica, cultural e econômica, não poderia ver o seu único acesso por terra sendo aos poucos inviabilizado por uma série de fatores. Um deles é o desenvolvimento econômico que está em curso na Região Metropolitana da capital.

A primeira etapa, do marco zero, no Tirirical, até a Estiva, foi realizada no início da década passada, resultado de um grande esforço feito pela então governadora Roseana Sarney, com o apoio da bancada federal. A segunda etapa, que deveria ter sido realizada logo em seguida, foi retardada por falta de ação política efetiva dos governantes que a sucederam. Sem o estímulo do governo estadual, a bancada federal não se animou a reivindicar obra, permitindo que os problemas aumentassem depois das obras iniciais para a implantação da Refinaria Premium da Petrobras em Bacabeira.

O projeto da refinaria e outros de menor porte contribuíram para multiplicar o volume do fluxo de veículos naquela região. A implantação de projetos na região intensificou ainda mais o tráfego, mas essa realidade foi constatada pela Polícia Rodoviária Federal. Tal constatação é agora a pilastra de sustentação do projeto, que, todos esperam, seja realizado o mais rapidamente possível. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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