Editorial: Mais uma grande safra

09-03-2012 08:40

A notícia principal desta edição informa que o Maranhão vai colher na safra de 2012 o surpreendente volume de 3,5 milhões de toneladas de grãos - soja, arroz, feijão, algodão e milho -, o que representa um aumento de 6,7% em relação à safra de 2011. Mais do que o substancioso aumento na produção, a safra deste ano coloca o Maranhão como o 2º maior produtor de grãos das regiões Norte e Nordeste, o que lhe dá a 10ª colocação no ranking dos produtores do país.

Para que essa posição fosse alcançada, os produtores aumentaram a área plantada em 9,4%, o que significou um salto de 1 milhão e 583 mil hectares para 1 milhão e 732 mil hectares. E de acordo com avaliação feita pela Conab, o bom resultado se destacou na produção de soja, de algodão e de milho, que compensaram uma leve queda na colheita de arroz e de feijão.

À exemplo do que vem acontecendo ano após anos, desde que começou a ser produzida em larga escala ainda nos anos 80 do século passado, a soja continuam quebrando todos os recordes. Dos 3,5 milhões de toneladas de grãos, a soja será responsável por 1,7 milhão de toneladas, quase um terço de toda a produção, tornando-se de longe a grande campeã do leque de produtos saídos dos campos agrícolas cada vez mais amplos do território maranhense.

Uma das commodities mais importantes do Brasil no mercado internacional, a soja é considerada hoje uma das principais riquezas do país, que responde pelo fortalecimento cada vez maior do chamado agronegócio. No Maranhão, a soja chegou timidamente no início dos anos 80, na região sul, tendo Balsas como pólo central, e ao longo de três décadas se espalhou por várias regiões, chegando agora à região do Baixo Parnaíba, onde campos cada vez maiores se multiplicam a cada safra. É um processo cujo limite ninguém antevê, porque a caminhada para o crescimento e consolidação econômica do estado - que está se transformando em polo de desenvolvimento - não vai desacelerar tão cedo.

Dois dados dessa informação chamam atenção. O primeiro é a queda da safra de arroz, que é explicada pelos métodos superados de produção, que não acompanharam a evolução. A outra é a volta ao algodão ao cenário econômico do Maranhão. Item maior da economia maranhense no início do século passado, que o tornou um pólo forte da indústria têxtil, o algodão entrou em decadência no início dos anos 60 com a derrocada do parque fabril, que sucumbiu para os tecidos sintéticos. Em meados dos anos 90, o governo iniciou um processo de reabilitação do algodão, que hoje volta a ser produto de ponta da economia estadual.

Que continue assim. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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