Editorial: Refinaria confirmada
Em boa hora os maranhenses foram informados de que a Petrobras mantém de pé, sem alteração, o projeto de implantação da Refinaria Premium I no município de Bacabeira. A garantia foi dada por ninguém menos do que a presidente da empresa, economista Graça Forte, segunda-feira, no ato de sua posse, no Rio de Janeiro, ao secretário estadual de Minas e Energia, Ricardo Guterres. A informação foi confirmada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e indiretamente respaldada pela presidente Dilma Rousseff, ao declarar que a Petrobras manterá sem alterações os investimentos previstos.
Não há o que discutir com relação ao fato de que a Refinaria Premium I projetada para o Maranhão é uma necessidade imperativa, que se consolida na mesma proporção em que a produção de petróleo do país aumenta. Ela se torna uma necessidade vital para o futuro do Brasil quando entram nos cálculos as estimativas de produção do óleo da camada pré-sal e quando se avalia que os investimentos em andamento não suprirão as necessidades do mercado de oleio refinado, principalmente na América Latina.
As bases do megaprojeto petrolífero no Maranhão já estão fincadas. Em Bacabeira, pelo menos R$ 300 milhões já foram aplicados nos serviços de terraplanagem e nas primeiras obras civis. O ritmo das obras foi diminuído por causa das chuvas, mas será retomada a plena carga em abril, quando a preparação da área será concluída e as obras de infraestrutura deverão ser iniciadas.
A Refinaria Premium I será o mais importante complexo de refino de petróleo da América Latina e, de acordo com um levantamento feito pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, é o maior empreendimento industrial em andamento em todo o planeta. O investimento previsto é de US$ 20 bilhões, sendo que a estrutura fabril será montada a partir de 2013 e sua primeira etapa deve ser concluída em 2017. Durante o processo, serão empregados 4 mil trabalhadores de todos os níveis e especializações. Além do complexo fabril, o projeto inclui a construção de um novo porto e vários ramais rodoviários e atrairá um grande número de empresas menores para o seu raio de abrangência.
A mudança no comando da Petrobras gerou, em alguns momentos, incerteza em relação ao futuro do empreendimento. Mas as declarações da presidente da empresa, do ministro de Minas e Energia e da Presidente da República mantiveram acesa, mais do que nunca, a chama da certeza de que o Maranhão será em breve um dos mais importantes pólos petrolíferos do país. (Fonte: O Estado do Maranhão)