Editorial: Viagem produtiva

10-04-2012 08:35

 

Ao contrário do que muitos imaginam por falta de informação, e uns poucos insistem em disseminar maldosamente, a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos está sendo muito importante para o Brasil e também para os norte-americanos. Isso porque, além das questões pontuais de política e economia internacionais, que em alguns casos colocam Brasil e EUA em campos diferente - como a questão nuclear, por exemplo -, o que importa mesmo é o fortalecimento das relações econômicas, que devem ser equilibradas para ser saudáveis para os dois países. Ao Brasil interessa muito manter os EUA como parceiros: aos EUA é importante ter o Brasil como parceiro. São laços que ligam, sem dependência, as duas maiores democracias do mundo.

No momento, o que mais interessa é consolidar, cada vez mais, as relações econômicas. E para o Brasil é de fundamental importância investimentos de grandes empresas norte-americanas no país. Ao Brasil não interessa o capital volátil, que engorda nas bolsas e foge ao menor sinal de instabilidade monetária ou migra velozmente para mercados nos quais momentaneamente estejam pagando mais juros. Investimento adequado ao Brasil é aquele que gera negócios, emprego e renda, é o investimento nos mais diversos segmentos da indústria - aí incluídos a produção de bens de consumo, o agronegócio, o turismo e outras áreas dinâmicas.

Não é sem razão que, além do encontro com o presidente Barack Obama, com quem tratou, de igual para igual, de questões políticas e das relações bilaterais, a presidente Dilma Rousseff, acompanhada de alguns dos mais importantes empresários e governadores de estados estratégicos, comandou uma espécie de seminário para mostrar o potencial do Brasil para quem deseje investir com segurança econômica e garantias institucionais. A presidente mostrou aos empresários norte-americanos que o Brasil é hoje a sexta economia do planeta, com um mercado interno forte e crescente; um dos países, pronto, portanto, para receber investimentos nos mais diversos campos.

Nesse contexto, é mais que justificada a ida da governadora Roseana Sarney aos EUA como integrante da comitiva da presidente da República. No processo pelo qual o Brasil está se transformando numa potência econômica, o Maranhão é um estado estratégico, com potencial para se tornar um polo industrial de grande envergadura. Além da sua posição geográfica, o estado conta com uma infraestrutura portuária que já tem uma forte ligação com o resto do mundo por meio do escoamento do minério de ferro extraído de Carajás pela Vale. Essa posição levou a Petrobras a escolher o município de Bacabeira para implantar uma Refinaria Premium I, que será a maior da América Latina e que hoje é o maior empreendimento em tamanho em implantação em todo o mundo.

A governadora Roseana Sarney, uma chefe de Estado e política com larga experiência, sabe o que uma visita desse porte representa ao país e pode representar para um estado como o Maranhão. Daí não ter pensado duas vezes para atender o convite da presidente da República. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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