Embarque maior de grãos
Movimentação de soja e milho deve superar a marca recorde deste ano em 2012 e para isso foram investidos R$ 130 milhões
2012 é o ano do desenvolvimento no Maranhão, segundo economistas. Pelo menos, em termos de escoamento de produção, as projeções conferem. Segundo Marcello Spinelli, diretor de logística da Vale, a empresa estima movimentar no Complexo Portuário de São Luís, mais de 3 milhões de toneladas de grãos, em especial, soja, no ano vindouro. A declaração foi dada ontem, no último dia do I Seminário Internacional “Logística, base para o desenvolvimento sustentável”, promovido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
De acordo com Marcello, atualmente são escoados pelos portos do estado, cerca de 2,2 milhões de toneladas de grãos ao ano, números que a Vale pretende superar ainda mais nos próximos anos.
A pretensão é tornar a suficiência do sistema para abarcar a produção maranhense, e boa parte dos estados do Tocantins, Pará e oeste da Bahia. “Queremos chegar a casa das 8 milhões de toneladas logo na primeira fase de implantação do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram)”, afirmou o diretor de logística.
Para abranger este novo volume de produção que será movimentado, a Vale tem investido em logística e infraestrutura. Um dos investimentos foi o Novo Armazém no Terminal Portuário da Ponta da Madeira (TPPM), com um aporte de recursos da ordem de R$ 130 milhões, aumentando a capacidade do sistema norte do Porto. Assim se chegará a uma capacidade estática de grãos de, em média, 240 mil toneladas.
“Não podemos fazer infraestrutura quando a demanda já esta no gargalo. Temos que nos antecipar e é isso que estamos fazendo”, declarou Spinelli.
Programação
O I Seminário Internacional “Logística, base para o desenvolvimento sustentável” abordou em dois dias temas como Modelos Referenciais e Experiências Nacionais; Questões relacionadas ao Meio Ambiente; Logística, Mobilidade e Transporte Multimodal para o Desenvolvimento Sustentável; Turismo e Desenvolvimento Sustentável e Estratégias para o desenvolvimento sustentável.
Um dos pontos altos da programação foi a palestra “A Infraestrutura de transportes para o desenvolvimento do Brasil”, proferida pelo Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos, no primeiro dia de evento. Ele destacou as potencialidades do Brasil e a forma de explorar as riquezas disponíveis no país, principalmente, através do investimento em infraestrutura e logística.
“Temos que percebê-los como agente catalizadores e não como obstáculos para o desenvolvimento. O Brasil tem despertado para isso. Em 2003, foram investidos US$ 9,9 bilhões em infraestrutura. Já em 2010, foram US$ 146,5 bilhões e para 2011, a expectativa é de US$ 160 bilhões, um crescimento de 9,2%. Todo esse quadro, leva o Brasil a ter alcançado 7,5% de crescimento no ano passado e este ano, chegar aos 3%, mesmo com a crise que assola o mundo”, ressaltou o ministro dos transportes.
Turismo em portos é objetivo de plano
O secretário de Estado de Turismo, Jura Filho, apresentou ontem, durante o seminário, o painel Turismo e Desenvolvimento Sustentável, o "Plano Maior 2020", mostrando o plano estratégico de turismo para o Maranhão que norteará as ações do estado para os próximos 10 anos.
A partir da retomada do Plano, o Maranhão inicia um processo de recuperação de todo seu potencial turístico para, se consolidar como alternativa de desenvolvimento econômico do estado, gerando emprego e renda.
"O Plano faz um mapeamento de todo o potencial turístico do Maranhão estabelecendo os seus atrativos naturais, culturais e patrimoniais. Pouco a pouco estamos buscando mecanismos sustentáveis para a sua aplicação e estruturação.", explicou Jura Filho.
Ele também ressaltou a importância do investimento na infraestrutura e logística dos portos para o estimulo do turismo. “Assim podemos investir no transporte aquaviário turístico, em especial, de cruzeiros, por exemplo. Isso porque o Maranhão tem um potencial muito forte para esta atividade, uma vez que as condições em que o estado se encontra de desenvolvimento, propicia o segmento”, ressalta o secretário. (R.J.). (Fonte: O Imparcial)