Empresários cobram mais agilidade durante visita às obras do aeroporto de SL

17-04-2012 08:37

 

Empresários e representantes de diversas entidades empresariais maranhenses realizaram uma visita técnica às obras do Aeroporto Internacional Marechal Hugo da Cunha Machado na manhã de ontem. Em companhia do superintendente da Infraero no Maranhão, Hildebrando Coelho, o grupo observou o andamento das obras e cobrou agilidade na entrega dos projetos executivos, com detalhamento da reforma. Os representantes das entidades afirmam que os atrasos na conclusão podem causar problemas para eventos de alcance nacional que serão realizados em São Luís e para novas oportunidades de negócios no estado.

O grupo formado por representantes de entidades como a Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Associação Comercial do Maranhão (ACM), Associação Maranhense de Distribuidores e Atacadistas, Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luís Convention & Visitors Bureau e outras se dirigiu ao aeroporto de São Luís para visitar as obras de reforma que vêm sendo realizadas desde março do ano passado.

Antes de entrar no terminal de passageiros, onde está sendo executada a reforma, o grupo cobrou explicações para o terceiro atraso na entrega da obra. O superintendente da Infraero no Maranhão justificou informando que os projetos executivos exigidos pela empresa contratada não foram finalizados.

Organização - Em contrapartida ao argumento, o grupo reclamou da falta de organização da Infraero para executar a obra e alegou que as partes responsáveis pelos serviços estão tornando a conclusão mais lenta ao tentar provar quem é o responsável pelo atraso nas obras. "Tanto a empresa EP Engenharia como a Infraero estão reunindo documentos para dizer quem é o culpado, mas isto não ajuda a tocar as obras", criticou o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Maranhão e secretário de Estado da Agricultura, Cláudio Azevedo.

Hildebrando Coelho afirmou que as obras serão concluídas até o dia 26 de maio, mas os representantes das entidades demonstraram duvidar que 40 dias sejam suficientes para concluir a reforma. No dia 24 do mês passado, completou um ano que o aeroporto teve o terminal de passageiros interditado para reformas emergenciais. A obra estava prevista para ser entregue em agosto. O valor estipulado inicialmente era de R$ 10,4 milhões, mas aumentou para R$ 12,7 milhões.

O superintendente da Infraero no Maranhão confirmou que está sendo realizado um estudo para a ampliação do aeroporto. O presidente da Fiema elogiou a realização do estudo, mas criticou a ação tardia. "Se a reforma no aeroporto está demorando assim, imagine ampliar uma estrutura desta. Era preciso ter projetado e feito esta ampliação desde o início e não só uma reforma", afirmou Edílson Baldez.

Outro problema exposto pelo grupo à Infraero foi a falta de um restaurante dentro do terminal de passageiros. Os representantes das entidades empresariais perguntaram se o aeroporto de São Luís poderia perder o certificado internacional concedido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), caso as novas instalações do terminal não disponham de um restaurante. O superintendente Hildebrando Coelho descartou a perda da certificação e disse que a Infraero não deixará de construir o restaurante no local.

Mas segundo a EP Engenharia, empresa contratada para executar a obra, não existe nenhuma especificação nos projetos para que seja construído um restaurante no local.

Movimento - A decisão de visitar a obra foi marcada após uma reunião na Fiema, realizada quinta-feira, 12. Segundo o presidente da Fiema, Edílson Baldez das Neves, a visita técnica é o primeiro ato de um movimento a favor da infraestrutura que discutirá obras importantes para o desenvolvimento da indústria no Maranhão. "A logística aeroportuária é tão fundamental para a indústria quanto a duplicação da BR-135. E é por isso que decidimos acompanhar esses processos de perto", disse.

Atraso provoca prejuízos, afirmam empresários

Os representantes das entidades empresariais alegaram durante a visita técnica feita ao Aeroporto Internacional Marechal Hugo da Cunha Machado que o atraso nas obras pode causar vários problemas à economia do estado. Temem que prejudique os eventos que estão marcados para ser realizados na capital até junho e influencie negativamente no turismo maranhense.

O diretor do Sindicato das Empresas de Turismo do Maranhão (Sindetur), Eduardo Mattar, frisou que a maior preocupação é com a imagem de São Luís que os turistas levam para as suas cidades. "Nós que exploramos o turismo já sentimos as consequências desse problema nos lucros e nos comentários dos nossos clientes", afirmou Mattar.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão, João Alberto Mota Filho, os serviços que estão sendo realizados não atendem a todas as necessidades do aeroporto. "Temos um potencial grande para o turismo e os passageiros merecem um conforto maior; uma ampliação do terminal de cargas tornaria os negócios mais dinâmicos", ressaltou.

Infraero - Por meio de nota, a Infraero informou que desde o dia 1º de setembro de 2011 entregou toda a documentação da obra contratada para a empresa responsável pelos serviços.

A Infraero afirmou também na nota que, por conta do ajuste de fluxo operacional e conforto de passageiros, não foi possível, até então, instalar um novo restaurante no aeroporto de São Luís. Segundo o órgão, o mix comercial está sendo revisado para que haja a definição de um novo espaço para o restaurante. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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