Estado detalhou carteira total de investimentos superior a R$ 100 bilhões
Foram mostrados à cúpula do BNDES empreendimentos em implantação e também previstos para o Maranhão.
O Maranhão é hoje o estado do Brasil que detém a maior carteira de investimentos públicos e privados no país, alcançando a cifra de mais de R$ 100 bilhões. Todo esse volume de recursos foi detalhado ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, pelo secretário de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Maurício Macedo.
Em sua apresentação, o secretário informou as vantagens comparativas e competitivas que fazem do Maranhão um grande atrativo de investimentos em diversos segmentos econômicos.
Ele citou como vantagens a localização privilegiada do estado, próximo aos grandes mercados internacionais, a grande disponibilidade de água e energia elétrica e a logística de portos, ferrovias e rodovias. "São fatores que têm atraído grandes empreendimentos para o estado", reforçou.
Na atual carteira de investimentos, destaque para os projetos da refinaria Premium I, fábrica de celulose, usinas termelétricas, aciaria, fábricas de cimento, esmagamento e refino de óleo de soja, mineração de ouro, exploração de gás, além de obras de ampliação dos portos do Itaqui e da Vale.
O detalhe desse novo momento da economia maranhense é a interiorização dos investimentos, com projetos sendo instalados em todas as regiões do estado, dando oportunidades de emprego e renda para a população.
Desses investimentos, o maior em instalação é refinaria da Petrobras em Bacabeira, empreendimento de R$ 40 bilhões que está em fase de terraplenagem, com capacidade para produzir 600 mil barris/dia de petróleo a partir de 2019. Quando entrar em operação, será a maior do país. Na fase de instalação, o projeto irá gerar 132 mil empregos diretos e indiretos.
Energia - Maurício Macedo informou que o Maranhão também começa a se destacar no cenário nacional de produtor de energia, com projetos de geração de matriz hidrelétrica, térmica e eólica.
Hoje, a capacidade de geração de energia no Maranhão é de 1.316 MW para uma demanda de consumo de 1.585 MW. Com os novos investimentos nessa área (Hidrelétrica de Estreito, Usinas Térmicas da MPX em Santo Antonio dos Lopes e São Luís, Geramar em Miranda do Norte e Parque Eólico em Paulino Neves e Tutóia), a produção de energia saltará para 7.500 MW.
Todo esse portfólio de investimentos de mais de R$ 100 bilhões, além de transformar economicamente o Maranhão, deverá gerar cerca de 200 mil empregos diretos e indiretos e criar oportunidades de negócios para as empresas locais.
Saiba mais
- O Nordeste foi a única região do país em que os desembolsos do BNDES cresceram em 2011, na comparação com o ano anterior. Enquanto em 2010 o banco liberou para a região R$ 17,2 bilhões em financiamentos, no ano anterior o volume de recursos liberados chegou a R$ 18,8 bilhões - incremento de 9%.
- O crescimento nas liberações de recursos do BNDES para a economia maranhense foi puxado pelo desempenho de praticamente todos os grandes setores de atividade econômica - agropecuária, indústria de transformação, comércio e serviços.
- A agropecuária maranhense recebeu do BNDES, no ano passado, R$ 651,5 milhões, cifra mais de 10 vezes maior do que os R$ 53 milhões desembolsados para o setor pelo banco de fomento no ano anterior.
- Na indústria de transformação, os destaques foram o segmento de celulose e papel, para o qual o BNDES liberou R$ 329,7 milhões (em 2010, o segmento tinha recebido apenas R$ 500 mil); e o de mineral não metálico, que teve acesso a R$ 33,8 milhões (435% a mais do que em 2011). (Fonte: O Estado do Maranhão)