Exportação brasileira de soja atinge 7,8 milhões de toneladas e bate recorde

02-06-2012 08:24

Receita com os embarques do produto, que lidera a pauta de exportação brasileira, somou US$ 3,84 bilhões, ante US$ 2,55 bilhões de maio de 2011.

São Paulo - As exportações de soja do Brasil atingiram um recorde histórico em maio, somando 7,28 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior. Em abril, o Brasil havia exportado 4,43 milhões de toneladas, decepcionando aqueles que esperam um número ainda maior naquele mês, em meio à forte demanda.

As vendas externas de soja do Brasil no mês passado deram um salto de 37% na comparação com os embarques de 5,3 milhões de toneladas de maio do ano passado. A receita com os embarques da soja, produto cujo complexo (farelo e óleo) lidera a pauta de exportação brasileira, somou US$ 3,84 bilhões, ante US$ 2,55 bi-lhões em maio de 2011.

O grande volume exportado se explica pela grande concentração da demanda no Brasil, num momento em que os Estados Unidos estão na entressafra.

Garantia - Além disso, importadores tentaram garantir o produto num ano de quebra de safra por adversidades climáticas nos três maiores produtores globais em 2011/12 - pela ordem, Estados Unidos, Brasil e Argentina. "Esse recorde representa uma preocupação do mercado internacional em relação à oferta do produto. As pessoas já sabiam que tinha a quebra de safra e aceleraram as compras", declarou o analista Steve Cachia, da corretora Cerealpar.

O recorde mensal anterior de exportação de soja do Brasil, que disputa nesta safra a liderança dos embarques com os Estados Unidos, havia sido registrado em junho de 2009 (6,17 milhões de toneladas).

"Essas vendas já tinham sido feitas quando se falava na seca no Brasil, se falava de seca na Argentina", acrescentou Cachia.

Colheita - O Brasil encerrou recentemente a colheita de uma safra de pouco mais de 66 milhões de toneladas, segundo dados do governo, ante um recorde de pouco mais de 75 milhões de toneladas na temporada passada - a seca no Sul do país foi o principal motivo da queda.

O analista explicou que o grande volume exportado em 2012 até agora também se explica porque o país embarcou estoques remanescentes da safra recorde anterior no início do ano.

Mas ele lembrou que, diferentemente da safra anterior, as exportações neste ano serão mais concentradas nos próximos meses, pela menor disponibilidade em função da quebra de produção. Em 2011, elas avançaram para últimos meses do ano, algo incomum.

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No acumulado do ano até maio, as exportações do Brasil já somam 18,5 milhões de toneladas, ante 13,5 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado, de acordo com dados do governo. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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