Fábrica da Alumar não corre mais risco de cortes na produção de alumínio

07-06-2012 08:07

Garantia foi dada pela multinacional após encontro do presidente da Alcoa mundial, Klaus Kleinfeld, com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília.

A fábrica do Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar), em São Luís, não corre mais o risco de ter suas atividades paralisadas, mas deve passar por ajustes de custos. A decisão, que também se estende à planta de Poços de Caldas, em Minas Gerais, foi tomada pela Alcoa mundial após ter a garantia por parte do Governo Federal de que serão tomadas medidas efetivas para assegurar a competitividade da indústria do alumínio no Brasil. A boa notícia foi informada na terça-feira à noite pelo presidente mundial da Alcoa, Klaus Kleinfeld, à governadora Roseana Sarney, durante encontro no Palácio dos Leões.

A governadora Roseana Sarney recebeu a notícia com entusiasmo e reforçou a importância da Alumar para a economia do estado, empreendimento que tem gerado emprego e oportunidades de negócios para as empresas locais. "A Alcoa tem sido uma grande parceira do Maranhão nessas últimas décadas e aprova dessa confiança no estado são os investimentos constantes na expansão de sua fábrica", declarou a governadora.

O novo cenário para o negócio do alumínio no país se consolidou durante encontro que ocorreu segunda-feira passada entre Klaus Kleinfeld e o presidente da Alcoa para a América Latina e Caribe, Franklin Feder, com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Também estavam presentes os ministros Edison Lobão (Minas e Energia) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio).

Durante a reunião, a presidente Dilma afirmou que a questão dos custos de energia é prioritária para o governo, sendo tão importante quanto a questão dos juros para a competitividade do país. "Não haverá fechamento de linhas de produção", afirmou o presidente da Alcoa para a América Latina e Caribe, Franklin Feder.

Em comunicado, a Alcoa disse estar confiante que este problema (o custo de energia e seu impacto sobre a viabilidade das operações da companhia no país), tornou-se uma prioridade para o governo e que medidas efetivas para assegurar a competitividade da indústria do alumínio no Brasil serão tomadas brevemente. "A Alcoa reafirma seu compromisso de quase 50 anos no Brasil e comunica que continuará a operar suas linhas de produção no país normalmente. A empresa continuará a procurar oportunidades em suas operações para garantir a sustentabilidade de seus negócios", afirmou a nota.

Ameaça -Desde o início do ano as duas fábricas da Alcoa no país estavam sob ameaça de cortes na produção, o que poderia resultar em demissões. A multinacional alegava o alto custo da energia elétrica como um dos principais gargalos à competitividade das unidades e desde então vinha tentando sensibilizar a União e os governos do Maranhão e de Minas Gerais.

A Alcoa informou, durante esse período de negociação com o governo, que o preço da energia elétrica cobrado no país é o maior entre suas 25 fábricas no mundo. A cobrança de tributos e encargos, que chega a 50% de participação, seria o principal fator do alto custo da energia.

Segundo a multinacional, somente a planta da Alumar, em São Luís, paga US$ 150 por MWh de energia elétrica, enquanto a média mundial é

US$ 80. Em países do Oriente Médio, onde há grandes reservas de gás natural, o preço da energia não passaria de US$ 40 o MWh. Na planta maranhense, o insumo responde por cerca de 40% do custo total da produção de alumínio. (Fonte: O Estado do Maranhão)

Contacto

Clipping

Av. Prof. Carlos Cunha, S/N, Edifício Nagib Haickel - Calhau.

(98) 3235-8621