Fiema apresenta plano estratégico para estados da Amazônia Legal

28-11-2010 11:53

Indústria mais competitiva, estados mais desenvolvidos, aumento do emprego e renda e uma economia de R$ 4 bilhões ao ano. Resultados que o projeto Norte Competitivo pode trazer para a região da Amazônia Legal com a aplicação de recursos em uma lista de obras prioritárias para a melhoria da infra-estrutura logística já a partir de 2011. Do contrário, ficará inviável aumentar ou escoar produção.

Os dados constam no relatório do Projeto Norte Competitivo. Iniciativa da Ação Pró-Amazônia, que reúne as Federações dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, o projeto foi apresentado na última quinta-feira (25) pela Fiema para secretários de Estado e municipais e instituições ligadas a área de logística. O estudo foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) à empresa Macrologística.

De acordo com o presidente da Fiema, Edilson Baldez, trata-se de um grande esforço, a fim de balizar o governo sobre investimentos prioritários e desta forma tornar a indústria mais competitiva. “Foi feito um estudo criterioso, que define o leque de obras necessárias e mais que isso sinaliza as prioridades. Tudo para

agilizar a decisão e a ação do governo. Uma postura fundamental para que a indústria, o estado continue a crescer, gerar produção, emprego e renda”, ressalta Baldez.

Segundo o estudo, o custo de logística total da Amazônia Legal hoje para o transporte da produção é de R$ 17 bilhões e chegará a R$ 33,5 bilhões com o volume de produção previsto para 2020. O plano estratégico de investimentos apontado pelo projeto trará uma economia estimada em R$ 3,8 bilhões por ano. Para viabilizar o desenvolvimento dos nove eixos prioritários, são necessários investimentos da ordem de R$ 14,1 bilhões. Ou seja, o investimento total previsto se pagaria em menos de quatro anos com a economia obtida.

Segundo Olivier Girard, sócio da Macrologística e responsável direto pelo projeto, é urgente a necessidade de se priorizar tais investimentos sob pena de não se ter mais capacidade para o aumento da produção e para o crescimento da economia. “Temos que acordar para a urgência dos investimentos em infra-estrutura. Somos um dos países mais competitivos do mundo em diversos produtos. No entanto, basta sair da fábrica ou da fazenda e já começamos a perder competitividade”, afirma Olivier Girard.

A apresentação do projeto está sendo feita nos nove estados integrantes da Amazônia Legal. As informações serão disponibilizadas aos governos estaduais, municipais e entidades ligadas ao setor de transportes a partir de fevereiro de 2011, após ser apresentada para a presidente eleita Dilma Rousseff, Câmara de Deputados e ao Senado Federal.

Considerando a necessidade das obras e a falta de capacidade do país em realizar todos os investimentos necessários simultaneamente a curto prazo, elegeu-se uma lista de 34 projetos, totalizando R$ 6,8 bilhões em investimentos, que passarão a ser foco de uma força-tarefa, reunindo iniciativa privada, poder público e sociedade civil organizada, a ser criada nos próximos meses. (Ed. 17.638; Complemento B; Geral - pág. 02)

 

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