Foi lançado o programa Maranhão Profissional

12-05-2011 10:50

 

Se continuar com a atual estrutura de capacitação técnica profissional, em cinco anos o Maranhão terá um déficit de mais de mais de 200 mil profissionais qualificados. Esse cenário pode se confirmar porque atualmente o estado tem capacidade de formar 323 mil profissionais em nível técnico, mas a expectativa para daqui a cinco anos, levando em consideração os grandes empreendimentos que estão se instalando aqui é da necessidade de 600 mil profissionais para ocupar vagas diretamente ligadas aos novos empreendimentos ou á projetos satélites das grandes obras.

Na tentativa de suprir essa demanda, o governo do estado lançou na manhã de ontem em solenidade realizada no Centro de Convenções Governador Pedro Neiva de Santana, em São Luís, o Programa “Maranhão Profissional”. Na ocasião, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB) assinou Medida Provisória criando a coordenadoria executiva e instalando os conselhos consultivo e deliberativo, formados por representantes das instituições públicas e iniciativa privada, responsáveis pelo acompanhamento, definição das ações e fiscalização do programa.

Essa iniciativa tem o objetivo principal promover a formação profissional da população maranhense para garantir o seu acesso às oportunidades de emprego e renda advindos dos empreendimentos em implantação no estado.

A governadora Roseana Sarney destacou que os maranhenses têm que aproveitar a localização privilegiada do estado e a infraestrutura adequada para receber os grandes empreendimentos para conseguir empregos. “Essas grandes empresas precisam de pessoal qualificado, e nós temos que ter essa mão-de-obra para oferecer, caso contrário ela vem de fora. Temos que priorizar os que aqui moram garantindo bom emprego, mais renda e melhores condições de vida”, afirmou.

Na oportunidade, Roseana Sarney também enumerou uma série de investimentos que estão prestes a inaugurar no Maranhão, como a fábrica de celulose da Suzano em Imperatriz, a Gusanordeste em Açailândia, a Nativa Alimentos em Balsas, a fábrica de cimento da Votorantin, a termelétrica da MPX e a duplicação da AmBev em São Luís. “O Maranhão é a terra das oportunidades. Temos que aproveitar esse momento”, disse.

Programa
O programa, a ser executado na capital e interior, além da capacitação profissional, prevê a formação de docentes, o fortalecimento da estrutura física da rede de educação formal e do sistema de ciência, tecnologia e inovação do estado. “Serão R$ 777 milhões em investimentos, divididos entre formação de corpo docente, capacitação profissional, bolsa aos alunos e em estruturas fixas”, explicou o coordenador executivo do programa, Fernando Lima.

Atualmente o Maranhão conta com dez unidades estaduais de ensino técnico, pelo programa outras 14 serão criadas na capital e no interior e somadas às outras 26 unidades federais já existentes. O programa contará com cursos de carga horária que varia de 160 e 1.200 horas, algumas com dedicação exclusiva. O programa foi lançado oficialmente ontem, mas já estava em prática, por exemplo, pela Suzano, que está capacitando maranhenses párea ocupar 5 mil vagas de emprego na fábrica em Imperatriz.

Desconfiados
Enquanto as entidades comemoravam o lançamento do Programa, algumas classes trabalhistas mostravam desacreditar no sucesso da iniciativa. “Assim como outros programas já lançados sem a presença da classe trabalhadora, esse pode chegar ao fim sem alcançar os objetivos. Os trabalhadores precisam participar da criação e do desenvolvimento desses projetos, nós sabemos melhor que ninguém as necessidades”, afirmou José Maria Araújo, Secretário Geral do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Maranhão (Sindimetal-MA).

Ele reclamou que os trabalhadores não foram consultados para o processo de criação do Programa e muito menos convidados para o lançamento, mas reconheceu a importância da qualificação. “A idéia é boa, a capacitação é muito necessária, mas o trabalhador tem que fazer parte do processo todo. Nós temos que ser envolvidos para ele ter sucesso”, continuou o metalúrgico.

Sobre o comentário, o Secretário Estadual da Casa Civil, Luís Fernando, que a iniciativa partiu de uma demanda das próprias empresas. Elas teriam informado o que mais precisam e o governo montou o programa dos cursos.

“Fizemos o programa junto com os empresários, então eles sabem que nós temos a mão-de-obra qualificada que eles precisam”, garantiu. (Fonte: O Imparcial)

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