Formação do reservatório da UHE Estreito entra na etapa final

10-03-2011 15:52

Iniciada em primeiro de dezembro de 2010, a formação do reservatório da Usina Hidrelétrica Estreito entra na fase final. Todo o trabalho foi planejado e coordenado pelo Consórcio Estreito

Energia (Ceste), que também atendeu às orientações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Localizado no Rio Tocantins, entre os estados do Maranhão e do Tocantins, o lago da Usina terá 555 Km² de espelho d’água e teve seu regime hidrológico (comportamento das vazões durante um período - que inclui as fases de cheia e vazante) devidamente acompanhado por especialistas. O enchimento só foi iniciado após a emissão da licença de operação pelo Ibama, em 24 de novembro de 2010.

O gerente de Engenharia do Ceste, Nelson Milano Muniz, relata que diariamente o volume de água do reservatório é acompanhado por meio dos limnígrafos (réguas de medição) instalados em sete pontos de sua área. Esses limnígrafos trazem as medidas das cotas alcançadas com a subida do nível da água no reservatório.

Reservatório - Indispensável para garantir o volume de água necessário para fazer funcionar as turbinas e gerar energia, o reservatório terá seu enchimento concluído ao alcançar a cota 156 (medida referenciada pelo nível do mar e registrada em metros). Na Usina de Estreito, ele é do tipo fio d’água, onde não

existe oscilação significativa no nível da água. “Cada turbina necessita ter uma vazão de 800 metros cúbicos por segundo. Esse volume passa por duas estruturas, a tomada d’água e a casa de força, até chegar à turbina, e depois volta para o rio”, explica o gerente-geral do Canteiro de Obras, Adalberto Rodrigues.

É importante destacar que nas hidrelétricas a fio d’água o volume de água que chega ao reservatório é o mesmo que sai após a geração de energia. Como já dito, na Usina de Estreito a lâmina d’água ficará na cota 156, o que favorece o uso múltiplo do lago, como para atividades de esporte e lazer, e, especialmente, para as praias permanentes que poderão funcionar o ano inteiro.

A formação do reservatório da UHE Estreito tem sido acompanhada por órgãos fiscalizadores do Governo Federal – Ibama, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel ) e Agência Nacional das Águas (Ana) - por meio de relatórios emitidos pelo Ceste e de visitas ao canteiro de obras da usina.

Além desses três órgãos fiscalizadores, a UHE Estreito também vem sendo acompanhada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que ditará o regime de operação da usina.

O gerente-geral do Canteiro de Obras relata que mesmo nessa fase de construção, os movimentos de abertura e fechamento das comportas do vertedouro são relatados ao ONS. Ele explica que existe uma faixa de 500 metros no entorno da usina - tanto a montante, como a jusante - onde é proibida a circulação de pessoas, em embarcações ou não. Essa área já começou a ser sinalizada de acordo com as especificações da Marinha do Brasil.

(Fonte: Jornal O estado, edição 17.735, Economia, pg.8.)

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