Gera Maranhão deverá passar mais um ano sem ser acionada pelo ONS

25-08-2011 09:01

A Usina Termoelétrica Gera Maranhão (UTE Gera Maranhão), em Miranda do Norte, município distante 129 km de São Luís, deve passar mais um ano sem ser acionada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Isto porque os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas no país estão com a capacidade acima de 80%.

"Como os reservatórios estão cheios, não devemos operar este ano, salvo se formos acionados em uma situação de emergência", informou o diretor-geral da Gera Maranhão, Álcio Adler, ao lembrar o caso de um atendimento específico realizado ano passado à Eletronorte.

Em fevereiro de 2010, três meses antes de ser inaugurada oficialmente, a Gera Maranhão foi acionada durante um fim de semana pela Eletronorte, que precisou fazer manutenção em linha de transmissão que abastece São Luís. Desde então, a usina tem feito testes permanentes para operar tão logo seja acionada.

Este mês a Gera Maranhão deu entrada na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) ao pedido de renovação da licença de operação da usina, que tem validade de um ano.

Com capacidade para produzir 330MW de energia elétrica, a UTE Gera Maranhão - formada pelas plantas gêmeas Geramar I e Geramar II - vencedora do 4º Leilão de Novas Energias, realizado em 2007, ganhou o direito de vender energia por um período de 15 anos para 36 distribuidoras espalhadas pelo país, inclusive para a Companhia Energética do Maranhão (Cemar).

Investimento de R$ 560 milhões, a UTE Gera é um empreendimento do consórcio de empresas Servitec, Ligna, Equatorial Energia e Fipe Brasil Energia. Durante sua instalação gerou 1.200 empregos diretos e indiretos e demandou 600 containeres de equipamentos e peças, além de 38 grupos geradores de 150 toneladas cada, montados na Itália.

Quando estiver em operação, para acionar os grupos geradores, a usina necessitará de 1.700 toneladas/dia de óleo combustível. As plantas Geramar I e Geramar II dispõem de capacidade de tancagem de 11.400 toneladas de óleo pesado (B1), que, de acordo com a UTE, é de baixo teor de enxofre.

O óleo combustível, principal insumo da UTE Gera para a geração de energia, será adquirido de várias refinarias no país e chegará ao Maranhão pelo Porto do Itaqui, em São Luís, de onde seguirá de caminhão até a usina.

Empresas que formam a Gera Maranhão

- Equatorial Energia S/A (25%) - Holding com atuação no setor elétrico e presença no estado, onde, além da Gera Maranhão, detém o controle acionário da Cemar, e no Rio de Janeiro, mediante participação acionária na Light.

- FIP Brasil Energia (25%) - Fundo de Investimento em participações iniciado em 2004, com gestão do BTG Pactual, que também é cotista, o FIP Brasil Energia reúne investimentos de grandes fundos de pensão, do BNDES e do Banco do Brasil Investimentos (BBI). Entre os cotistas estão Petros (Petrobras), Funcef (Caixa), Real Grandeza (Furnas), Fapes (BNDES), Infraprev (Infraero) e Banesprev (Banespa).

- GNP S/A (50%) - Holding com atuação no setor elétrico que é controlada pelos grupos empresariais Servitec, com atuação em vários estados do país desde 1969 com serviços de engenharia e energia e que, além da Gera Maranhão, participa do controle acionário da Gera Amazonas (Manaus) e Bons Ventos (Ceará); e Ligna, conglomerado empresarial que atualmente investe nas atividades varejista (Leo Madeiras e Leroy Merlin), imobiliária (Novo Espaço), energética (Bons Ventos e Gera Maranhão) e industrial (Duratex). (Fonte: O Estado do Maranhão)

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