Governo firma convênio para reurbanização de São Luís

13-04-2012 08:30

 

Técnicos desenvolverão projetos urbanísticos para o entorno da Avenida Metropolitana.

O governo Roseana Sarney (PMDB) vai firmar Termo de Cooperação Técnica com a Prefeitura de Boston (EUA) para desenvolvimento de projetos na área de urbanismo em São Luís. O convênio será assinado ainda no mês de maio e focará o melhoramento da urbanização já prevista no projeto da Avenida Metropolitana, que cortará toda a capital maranhense. O objetivo é melhorar os aspectos urbanos da cidade, no que diz respeito à mobilidade urbana, trânsito e transporte, vias públicas e arquitetura.

O termo de cooperação é um dos frutos da viagem da governadora Roseana Sarney (PMDB) aos Estados Unidos, como membro da comitiva da presidente Dilma Rousseff (PT). O convênio foi viabilizado graças a uma peculiaridade: o secretário de Urbanismo de Boston é o maranhense Álvaro Lima, radicado há 20 anos no estado de Massachussetts.

"O que vamos aprimorar é o projeto da segunda fase da Avenida Metropolitana em seus aspectos urbanos", explicou Roseana Sarney, em entrevista coletiva ontem, no Palácio dos Leões. A primeira etapa do projeto já está em fase de licitação.

A Avenida Metropolitana vai envolver toda a região da Grande São Luís, interligando a capital e os municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa. A avenida vai ligar a Zona Rural à orla marítima de São Luís. O termo de cooperação garantirá o desenvolvimento de projetos urbanísticos nos entornos.

A governadora Roseana Sarney também anunciou ontem o cronograma de inaugurações de obras alusivas aos 400 anos de São Luís. Ela pretende entregar, até setembro, a primeira parte da Via Expressa, a Avenida do Quarto Centenárioe e a urbanização do Espigão Costeiro da Ponta d'Areia.

"Certamente, entregaremos a primeira etapa da Via Expressa e a Avenida do Quarto Centenário. Estamos tentando garantir a entrega também da urbanização do espigão", disse a governadora. A obra de urbanização ainda aguarda licenciamento da Capitania dos Portos para começar.

No projeto dos 400 anos, o governo tenta garantir também a inauguração do Estádio Castelão, que deve ser inaugurado no aniversário de São Luís. A governadora só lamentou que a revitalização do Centro da cidade não esteja concluída.

Governo amplia estimativa de investimentos no estado

O governo do Maranhão ampliou a sua estimativa de investimentos privados até 2015. "Os R$ 100 bilhões previstos inicialmente já estão defasados; a previsão será ainda maior", aposta a governadora, que cita diversos investimentos para justificar seu otimismo.

Segundo a governadora, um dos exemplos de ampliação dos investimentos previstos é a Suzano Papel & Celulose. "Inicialmente, o investimento seria de R$ 8 bilhões, mas apenas para Imperatriz. Agora já anunciou novo investimento, em Chapadinha, o que dá mais R$ 1 bilhão", estima a governadora.

Roseana falou ainda dos investimentos do grupo Votorantin, que já tem fábrica no estado. Ela citou também investimentos em mineradores, que estavam restritos a Godofredo Viana e já se expandiram para Centro Novo do Maranhão. "A Petrobras mantém seus investimentos, Eike Batista também, e já tem interessados no segundo bloco de exploração de gás", revelou.

A governadora maranhense demonstrou forte preocupação com a situação da Alumar, mas disse que o estado está intercedendo para tentar resolver a situação. Ela esclareceu, no entanto, não haver qualquer tipo de concessão tributária ou fiscal dada pelo estado à empresa americana. "O estado já fez sua parte, com o Pró-Maranhão, que garantiu a expansão da planta de São Luís", explicou ela.

A Alumar ameaça encerrar suas atividades no maranhão por causa do preço da energia elétrica cobrado no Brasil. "Eles pagam no Brasil algo em torno de R$ 100,00 por megawatt de energia. Há países do Oriente Médio oferecendo energia de graça. O que a empresa quer é que o Governo Federal discuta com eles a situação. Mas estamos preocupados, assim como o ministro Lobão, que pode trabalhar por isso", frisou.

Segundo Roseana, é claro que o governo maranhense se preocupa com o problema da empresa, e pretende trabalhar para amenizar. "Até porque são 8 mil empregos diretos, fora os indiretos e os prestadores de serviço", disse ela. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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