Graneleiro Vale Brasil deve chegar quinta-feira à Baía de São Marcos

10-05-2011 16:39

 

Anunciado oficialmente pela Vale na semana passada, na Baía de Guanabara (RJ), o navio graneleiro Vale Brasil está programado para chegar quinta-feira (12) à Baía de São Marcos, em São Luís (MA). De acordo com o cronograma publicado na página eletrônica da Vale, que é atualizada constantemente, a embarcação deve atracar no Píer I do Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM) na noite do dia 21, com partida prevista para o dia 23.

As primeiras imagens do navio foram divulgadas pelo Blog Mercante, em fins de março deste ano, quando a embarcação realizava testes de navegação no litoral de Omã, localizado na porção oriental da Península Arábica. Naquela região, a mineradora desenvolve um projeto de pelotização de minério e também a construção de um porto de águas profundas, necessário para receber navios da classe Valemax, sendo o primeiro deles o Vale Brasil.

Semana passada, a Vale divulgou em seu sítio eletrônico que a nova frota de supergraneleiros será de 35 navios até 2013, dos quais sete foram encomendados ao estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co, na Coréia do Sul, a um custo de US$ 748 milhões; outros 12 navios foram encomendados ao estaleiro Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries, na China, orçados em US$ 1,6 bilhão; e mais 16 Valemax farão parte da frota, construídos por outras empresas para operação exclusiva com a Vale em contratos de longo prazo.

Expectativa - A chegada do Vale Brasil ao litoral brasileiro tem causado expectativa no setor portuário. Ontem, foi divulgada uma nova imagem do navio na Baía de Guanabara, por ocasião da passagem de outro navio notório, o Log-In Jacarandá, o primeiro porta-contêiner construído no Brasil nos últimos 15 anos.

A Log-In é uma empresa ligada à Vale, e foi construído no Estaleiro Ilha S.A. (Eisa), destinado ao transporte de produtos industrializados dos portos brasileiros ao Mercosul. O navio tem 218 metros de comprimento e capacidade para 2,8 mil TEU (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés), e custou cerca de R$ 140 milhões.

Outro fato interessante, a respeito do Vale Brasil, além de suas dimensões gigantescas, refere-se à faixa que foi estendida no costado do graneleiro, no litoral fluminense. A empresa que a confeccionou, a Redondo Design, enviou ontem a O Estado informações da peça: 100 metros de comprimento e 600 quilos.

A empresa não informou se a faixa continuará instalada no navio quando de sua passagem pela Baía de São Marcos.

Na peça publicitária, praticamente um outdoor marítimo, está escrito: "O maior navio graneleiro do mundo". Segundo a Redondo Design, a confecção exigiu a participação de dezenas de pessoas na produção, transporte e instalação dentro das normas de segurança da Vale. "Trabalhamos em parceria com a Fotosfera para conseguir esse resultado. A faixa é como um outdoor em alto mar", disse Cristiana de La Rocque Nogueira, sócia e diretora de criação da empresa.

Frota - De acordo com a Vale, a companhia mantém aberta a possibilidade de construir navios de minério de ferro no Brasil, paralelamente ao seu portfólio atual de 35 Valemax que farão o transporte do produto até a Ásia. A empresa negocia com o estaleiro Eisa, do grupo Synergy, tentando tornar viável a construção desse tipo de navio no país. Nos últimos anos, a Vale tentou, mas não conseguiu colocar essas encomendas em estaleiros nacionais, o que levou a empresa, em 2008, a adquirir 12 navios na China, por US$ 1,6 bilhão.

Nos últimos dois anos, a Vale encomendou a construção de 51 embarcações, entre rebocadores, comboios fluviais e catamarãs, a estaleiros nacionais, contribuindo para o aquecimento da indústria naval brasileira, com a geração de 2.465 empregos diretos e indiretos e investimento de R$ 403,9 milhões.

São 15 rebocadores encomendados no Brasil, sendo 11 construídos no estaleiro Detroit, em Itajaí (SC), e outros quatro no estaleiro Santa Cruz, em Aracaju (SE). Desse total, 12 embarcações já foram entregues à Vale. Os rebocadores serão alocados às operações do Complexo de Tubarão (ES), do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA), do Terminal da Ilha Guaíba - TIG (RJ), do porto de Vila do Conde e de porto Trombetas (PA). Com a nova frota, a Vale passará a operar um total de 29 rebocadores.

Números

35 Navios graneleiros da classe Valemax devem compor a frota da mineradora até 2013

25 Navios graneleiros de dimensões variadas compõem a frota atual que serve à logística da empresa

51 Embarcações de apoio à atividade marítima e portuária foram encomendadas à industria naval brasileira nos últimos dois anos. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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