Granjas do Centro Oeste e do Sudeste vendem ovos mais barato do que as nordestinas

18-07-2011 16:32

 

Uma grande parcela dos ovos - de galinha e de codorna - consumidos atualmente no Maranhão precisam percorrer mais de 3 mil quilômetros para chegar ao estado. Isso acontece porque não existe nenhuma grande granja no Maranhão e os preços praticados pelas granjas nordestinas não são competitivos em relação aos praticados nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que custam R$ 8 menos do que os ovos comercializados no Nordeste.

Atuando neste ramo há seis anos, o empresário Antônio Carlos Rosatte já testou fazer negócios com pequenas granjas maranhenses e de outros estados do Nordeste, mas concluiu que é muito vais vantajoso negocias em empresários de outras regiões. "Atualmente compro os ovos de duas granjas. Uma localizada no município de Primavera do Leste, no Mato Grosso e outra no município de Bastos, em São Paulo", comentou.

A escolha foi feita porque comprando os carregamentos dessas duas granjas, os preços são muito vantajosos em relação a granjas do Ceará, por exemplo, apesar do frete de R$ 8 pago por caixa transportada.

"Compro de granjas que seguem uma cotação nacional. No Nordeste, os granjeiros atribuem preços aleatórios que são muito altos. Mesmo fazendo o desconto do frete de 3 mil quilômetros sai mais caro", frisou.

Maranhão
A única granja que existe no Maranhão atualmente está localizada no município de Rosário e não tem uma capacidade muito grande. Esta granja também não segue a cotação nacional para a comercialização dos ovos, então o preço não é competitivo. "Se eu comprar dessa granja em Rosário vou pagar R$ 8 a mais do que pago atualmente trazendo os ovos de tão longe", explicou.

Atualmente, uma caixa com 30 dúzias de ovos, ou 360 unidades, está sendo comercializado na cotação nacional a R$ 48. Para a venda em São Luís, o empresário ainda precisa acrescentar nesse valor a quantia relativa ao frete, que é de R$ 8 por caixa. Se comparado ao valor negociado hoje em dia pelas granjas do nordeste, o valor é baixo, mas se o parâmetro de comparação for o mesmo período do ano passado, o valor é bem alto.

A explicação para a alta no preço dos ovos é o aumento do preço do milho no país inteiro, já que este produto faz parte da ração das galinhas, juntamente com a soja e vitaminas. "Comparado com o ano passado esse preço é altíssimo. Em 2010 comprávamos uma saca de milho a R$ 14. Hoje em dia não compramos por menos de R$ 29", lembrou Rosatte.

Como o Maranhão não possui nenhuma granja, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não faz o levantamento da quantidade de ovos consumidos no estado, mas os empresários acreditam que a população de São Luís consuma milhares d eovos semanalmente. "É um ramo que não é afetado por crise nenhuma. Porque é um produto muito barato e muito importante nas refeições", considerou o empresário.

A distribuidora de ovos de Carlos Rosatte encomenda semanalmente 700 caixas de ovos, o que totaliza 252 mil unidades. Desse total, cerca de 1 % a 2% se perde na viagem, mas essa taxa é considerada normal.

"Até 2% é uma quantidade de perda aceitável na viagem de 3 mil quilômetros", ponderou. Rosatte também destacou que os ovos têm validade de 30 dias caso estejam na geladeira e de 20 dias fora dela. (Fonte: O Imparcial)

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