Greve dos fiscais da Alfândega preocupa agências de navegação

13-06-2012 08:04

Paralisação anunciada para segunda-feira pode afetar operações de carga e descarga nos portos, ocasionando prejuízos financeiros.

A greve dos auditores fiscais da Receita Federal em âmbito nacional, cujo indicativo foi aprovado em assembleia geral, marcada para segunda-feira, começa a preocupar o setor portuário de São Luís. De acordo com o presidente do Sindicato das Agências de Navegação (Syngamar), Jorge Afonso Guagliani Pereira, a paralisação de advertência realizada ontem e hoje não afetou o setor, mas a greve pode prejudicar as operações de carga e descarga no Porto do Itaqui e nos terminais da Alumar e Ponta da Espera (Vale).

Segundo Guagliani Pereira, os prejuízos financeiros serão grandes com os eventuais atrasos no setor portuário, com o aumento do tempo de espera dos navios na Baía de São Marcos para atracar nos portos, acarretada pela liberação mais demorada da documentação das cargas na Receita Federal.

Para o presidente do Syngamar, uma paralisação mais demorada (greve) vai ocasionar muitos protestos, não somente das agências marítimas, mas também das empresas importadoras e exportadoras, das administrações portuárias, enfim, de toda a cadeia logística.

Guagliani Pereira ressalta ainda que grande parte dos navios que chegam ao sistema portuário são de bandeira estrangeira e para atracar precisam de autorização da Alfândega. "Precisamos saber se haverá gente de plantão na Receita Federal, e se ela já tem um plano de emergência para liberar as operações portuárias", disse o presidente do Syngamar.

Fiscais - Segundo Luiz Fernando da Conceição Martins, presidente da Delegacia Sindical do Maranhão (DS-MA) do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), será realizada na Alfândega uma operação padrão, o que diminui o ritmo das liberações de carga e descarga nos portos, bem como o chamado "crédito zero", ou seja, os fiscais deixarão de cobrar débitos de quem tem pendências com o fisco.

A categoria pede do Governo Federal reajuste de 30% nos salários e, se a reivindicação não houve negociação, fará greve. Além dos auditores fiscais da Receita, outras 18 carreiras do serviço público federal pretendem cruzar os braços na próxima semana, como docentes das instituições de ensino superior e filiados ao Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical), à Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho (Aitema) e à Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF).

De acordo com o Sindifisco Nacional e da Confederação Nacional dos Servidores Federais (Condsef), a expectativa é de que 80% dos servidores federais entrem em greve no dia 18. O movimento foi aprovado em plenária por 300 representações da base da Confederação e por 31 entidades nacionais que integram a campanha salarial. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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