Ideias inovadoras em destaque

02-12-2011 11:10

Durante a edição estadual do Inova Senai, em São Luís, a comissão julgadora do certame afirma que os projetos maranhenses apresentados são competitivos e têm qualidade acima da média.

Durante a abertura do Inova Senai Maranhão, em São Luís, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves, destacou os projetos das “mentes inovadoras e empreendedoras” dos alunos e instrutores das unidades do Senai de São Luís, Bacabal e Imperatriz. “O maranhense, com seu espírito criativo e inovador, busca soluções originais para o mercado atual e para a indústria do seu estado e do seu país”, frisou.

“A gente visita todos os estados, e podemos garantir que o Inova Senai Maranhão está com uma qualidade acima da média do que a gente tem visto”, elogiou o analista de desenvolvimento industrial da unidade de Inovação e Tecnologia do Senai Nacional, Matheus Simões de Freitas, que compõe a comissão julgadora da mostra que escolherá o projeto mais bem elaborado e que vai participar da edição nacional do certame. Dentre os projetos em exposição, destaque para o queijo com recheio de açaí, gás de cozinha produzido a partir do bagaço da cana de açúcar e um adubo orgânico feito do que sobra da juçara.

O Inova Senai existe desde 2008 e é uma evolução de dois eventos científicos o Senai Nacional: o Concurso de Criatividade para Docentes e a Feira de Criatividade para Alunos de Cursos Técnicos. Este ano, 17 estados realizam a etapa estadual do evento.

Boas práticas

Ações sustentáveis representam economia interessante.

Ex- professor de física, Martinho Pimenta, de 31 anos, passou muito tempo estudando e ensinando o uso dos recursos naturais. Mas, quando, em 2000, decidiu comprar um pequeno mercado em Ceilândia, o brasiliense não pensou que esses conhecimentos poderiam ajudá-lo na nova empreitada. Sem assessoria especializada e sem experiência – a única vivência dele em um comércio assim havia sido como empacotador -, ele não se preocupava com o desperdício diário que o empreendimento gerava. Somente seis anos depois, o jovem administrador descobriu que a sustentabilidade também tinha espaço no seu negócio. E aprendeu que as pequenas práticas verdes não são apenas uma maneira de ajudar o meio ambiente, mas uma forma de gerar lucro.

A descoberta aconteceu após a visita de uma agente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “Ele veio aqui e começamos uma parceria para melhorar o mercadinho”, conta o empreendedor, que passou a freqüentar os cursos da instituição. Em um deles, Martinho aprendeu a economizar energia por meio de atitudes simples, como não sobrecarregar os freezers e não compartilhar tomadas. Ficou tão animado com o resultado que decidiu expandir as medidas ecologicamente corretas: adotou sacolas plásticas menores; passou a separar e a vender o lixo reciclável; modificou a distribuição dos produtos nas prateleiras para reduzir as avarias às mercadorias e, conseqüentemente, o lixo produzido; e iniciou um trabalho de conscientização dos funcionários. Ações que hoje deixam o gestor satisfeito com o bem proporcionado À comunidade e com a economia obtida: cerca de 10% do faturamento.

A história do Mercadinho Econômico ratifica o que os especialistas no assunto defendem: a preservação do meio ambiente é viável também para as microempresas.”Não é necessária muita pirotecnia para que os pequenos invistam no tema”, assegura o professor de economia ambiental da Universidade de Brasília (UnB) Jorge Madeira, ao afirmar que, para os negócios de orçamento apertado, a saída é apostar em meios simples: menos tecnologia e mais atitude. E para que as medidas verdes gerem, em vez de gastos, bons rendimentos – como no caso de Martinho -, é necessário saber em quais ações investir. E não precisa ser grande empresa para agir.   (Fonte: O Imparcial)

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