Indústria maranhense de laticínios quer mais espaço em supermercados

22-06-2011 09:08

 

Em encontro realizado segunda-feira, na abertura da 5ª Feira de Negócios do Maranhão, no Multicenter Sebrae, o Sindicato das Indústrias de Leite e Derivados do Maranhão (Sindileite) e empresários do setor supermercadista discutiram sobre maior espaço dos laticínios maranhenses nos supermercados locais. A reunião foi intermediada pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), com apoio da Associação Maranhense de Supermercados (Amasp).

O presidente do Sindileite, Alexandre Ataíde, foi bastante claro em seu discurso afirmando que os grandes supermercados do estado não compram o produto maranhense por cederem a pressões das grandes marcas de outros estados. “Hoje, quando um supermercado abre uma nova loja, pagamos um percentual sobre as vendas de nossos produtos para que eles ocupem espaço nas prateleiras. Pouco mais de um mês depois, eles já desapareceram para dar lugar aos importados”, acusou Ataíde.

O empresário Raimundo Nonato Maciel, dos Supermercados Maciel, acredita que há um obstáculo para a compra do laticínio local. “Está havendo algum entrave. Pode ser de preço, qualidade, prazos, quantidade. Certamente o nosso Departamento Comercial tem boas razões para comprar produtos de fora. Mas nós estamos dispostos a procurar o entendimento com a indústria local por meio de outras reuniões”, afirmou.

O Sindileite tem 16 indústrias filiadas e o sindicato participa há três anos do Programa de Qualidade para Lácteos (PQL) no intuito de atingir padrões de qualidade internacionais por meio de consultoria e capacitação. Em parceria técnica com a Fiema e o Senai. O programa ainda resultou na realização do 1º Concurso de Lácteos do Maranhão, que avaliou e expôs os laticínios fabricados no estado, fazendo o produto maranhense cair no gosto dos compradores.

Alexandre Ataíde lembra que, de fato, há três anos, a indústria do setor não estava pronta para competir com os produtos de fora, mas o nível de qualidade e preço já não representam um problema.

Nova reunião - Estiveram presentes à reunião representantes dos maiores supermercados do estado, com a exceção do grupo Bompreço. Tanto a Fiema quanto a Amasp apontaram a necessidade de uma nova rodada de negociações para que haja entendimento entre os dois lados.

“Se por um lado, o produto maranhense tem qualidade e preço para ocupar seu espaço nas prateleiras dos supermercados, por outro os varejistas têm suas razões para não comprar. A indústria e o comércio precisam buscar o diálogo constante e essa reunião é a abertura de um fórum de discussões entre os produtores de laticínios e o varejo”, resumiu Edílson Baldez. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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