Indústria inicia o ano demitindo e apelando para férias coletivas

04-02-2012 09:44

Há registro de cortes em São Paulo e na Zona Franca de Manaus, em diversos segmentos.

SÃO PAULO - A indústria começou o ano demitindo trabalhadores e apelando para o expediente de férias coletivas. Há registros de cortes em São Paulo e na Zona Franca de Manaus e eles não se limitam a um determinado setor. Vão de montadoras a fabricantes de autopeças (como GM e Bosch, respectivamente) e a companhias de eletroeletrônicos.

Até a Foxconn, que ainda está montando sua linha de produção de iPhones e iPad, já teria planos de reduzir seu quadro de trabalho, segundo informação de pessoas próximas ao Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, interior paulista.

Segundo analistas, as incertezas em relação ao cenário econômico têm influenciado, no curto prazo, o comportamento das empresas. “A indústria passa por uma situação desconfortável, que não é de agora. Vem sofrendo a concorrência dos importados e, com a redução da atividade no ano passado, perdeu produção”, disse Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp.

Para a entidade, o país passaria por um processo de desindustrialização e, mesmo com as medidas do governo para incentivar o consumo e elevar a produção este ano, qualquer recuperação só ocorrerá a partir do segundo semestre.

Francini cita o resultado do Sensor, indicador de confiança da indústria paulista, em janeiro. No mês, atingiu 42,2 pontos, contra 43,3 pontos em dezembro - o pior nível em três anos, quando a pesquisa ainda era feita quinzenalmente e chegou a 38,7 pontos na segunda metade do mês. Pela metodologia da pesquisa, resultados abaixo de 50 pontos indicam pessimismo e provável demissão.

No estado de São Paulo, a General Motors e quatro fabricantes de autopeças anunciaram cortes. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos acusa a GM de ter demitido 800 trabalhadores nos últimos três meses. A fábrica, que tinha 9 mil funcionários, emprega agora 8.200. Somente neste ano, 80 pessoas foram dispensadas. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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