Investimentos no Porto do Itaqui ampliarão postos de trabalho
Gestora do porto estima a criação de 6,5 mil empregos diretos e mais 32 mil indiretos.
Até 2016, a estimativa de investimentos já definidos para o Porto do Itaqui é de R$ 940 milhões. Serão R$ 250 milhões com recursos da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) que serão somados aos R$ 540 milhões da iniciativa privada e aos R$ 150 milhões do Governo Federal. A expectativa é de que nos próximos 20 anos a Emap faça investimentos globais da ordem de R$ 6 bilhões distribuídos em 90 novos projetos e que, com isso, sejam criados 6,5 mil empregos diretos e 32 mil indiretos. Postos de trabalho na área portuária serão ampliados com projetos de expansão do porto como o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) e o crescimento em 40% da movimentação de granéis líquidos com a construção do berço 108, ambos contam com recursos privados e devem entrar em operação ao fim de 2013.
Segundo a Emap, foi-se a época em que trabalhadores portuários se destacavam pela força física. Com a modernização dos portos e a instalação de equipamentos de última geração, a qualificação do profissional passou a ser diferencial. Atualmente, 90% da mão de obra credenciada no Órgão Gestor da Mão de Obra Portuária (OGMO/Itaqui), responsável pela escalação dos chamados Trabalhadores Portuários Avulsos (TPA), têm, no mínimo, o ensino médio completo.
A contribuição dos TPA é importante para uma expansão portuária sustentável. Atualmente, tais profissionais participam das reuniões do planejamento operacional. De acordo com o diretor de Operações da Emap, Gustavo Lago, a colaboração deles é determinante para que a operação portuária seja eficiente, ágil e segura. "Percebe-se um profissional focado no crescimento e na qualificação e interessado em acompanhar a expansão do Itaqui", ressaltou.
Profissionalização - Rosielson Araújo Campos tem como plano para 2012 cursar faculdade. Atualmente trabalha como amarrador no Itaqui e ingressou por meio de um curso técnico em 2009. "Quero crescer com a expansão do Itaqui e vejo oportunidades para isso, mas temos que nos preparar, pois a qualificação pesa", enfatizou. Ele lembra que, até para conquistar a vaga de amarrador, teve que passar por testes. "Fui submetido a uma prova prática sobre operações para ingressar no porto. Se não estudasse, não conseguiria a vaga", ressaltou.
As turmas de amarradores trabalham monitoradas por Técnicos em Segurança, outro trabalhador portuário, que tem como função verificar a utilização dos equipamentos de segurança para garantir a integridade física do trabalhador e a produtividade nas operações.
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De acordo com a Emap, é crescente o interesse de grandes empresas em instalar plantas industriais no Maranhão. Além dos trabalhadores avulsos, mão de obra indispensável ao funcionamento de qualquer porto, outras áreas serão igualmente demandas e a qualificação dos profissionais indispensáveis para o crescimento econômico e social do estado, a exemplo de engenheiros, técnicos em segurança, técnicos em meio ambiente e especialistas em petróleo e gás. (Fonte: O Estado do Maranhão)