Investimentos em portos

17-06-2011 09:14

 

O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, informou nesta semana que o Governo Federal vai aplicar R$ 80 milhões na construção de um novo atracadouro para o Porto do Itaqui. O berço vai operar, prioritariamente, cargas de derivados de petróleo. Assim como ocorre no Maranhão, em todo o país a iniciativa privada e os governos estaduais buscam recursos para investir em portos, como forma de estimular o crescimento econômico regional e elevar a arrecadação tributária.

Segundo as estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), mais de 90% dos produtos que entram e saem do país passam pelos portos nacionais. Em 2010, foram 833 milhões de toneladas, e neste ano o volume pode chegar a um bilhão de toneladas. Por isso, o país precisa de portos. Em Santos (SP), que movimentou no ano passado cerca de 80 milhões de toneladas de carga, está prevista a movimentação de 230 milhões de toneladas até 2024. No comparativo, no Maranhão, esse volume deve ser alcançado nos próximos três anos.

Para que isso aconteça, além de mais um berço para o Porto do Itaqui, há muito mais em infraestrutura para se investir. Ainda neste semestre, o Itaqui deve iniciar as operações do berço 100, elevando para oito o número de atracadouros do porto, e a construção do Terminal de Grãos do Maranhão, projeto de R$ 280 milhões, deve ser licitada até o fim do ano.

O Tegram deverá movimentar anualmente até 10 milhões de toneladas de produtos agrícolas. E há mercado para isso, pois a safra deste ano deve chegar a 140 milhões de toneladas. Parte da produção sai do Centro-Oeste, que já enfrenta problemas de escoamento em Santos (SP) e nos portos do Sul, e vê nos portos do Norte e do Nordeste a saída para um possível colapso logístico.

Integrado à Ferrovia Norte-Sul (FNS), o setor portuário do Maranhão tende a receber boa parte da produção agrícola do Centro-Oeste. A expansão do modal logístico maranhense tem também outras utilizações, como a exportação de minérios, produtos siderúrgicos e a movimentação de cargas da indústria de celulose da região sul do Maranhão e também do Pará.

Acrescente-se a esse contexto a construção (em andamento) da Refinaria Premium I da Petrobras, em Bacabeira (a 60 km de São Luís), que vai exigir uma infraestrutura portuária de grande porte, capaz de dar vazão à produção prevista de 600 mil barris/dia (a maior da América Latina), um investimento da ordem de R$ 40 bilhões.

No setor privado, destaque para a Vale no Maranhão, que programa investimentos de US$ 5 bilhões em logística ferroviária e em porto até 2015. Trata-se da duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), que começa no Pará e, no Maranhão, integra-se à Norte-Sul. Com isso, o, escoamento de minério de ferro vai saltar de 96 milhões de toneladas/ano para até 230 milhões de toneladas/ano pelo Terminal Portuário Ponta da Madeira.

Assim, São Luís vai se consolidar como um dos maiores centros portuários do continente. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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