Itaqui opera fertilizantes no berço 105, arrendado à Vale

04-02-2011 15:01

 

O navio Santa Úrsula, de bandeira do Panamá, no início da semana, concluiu um descarregamento de 5,5 mil toneladas de fertilizante para a empresa Fertipar no berço 105 do Porto do Itaqui. É a segunda vez que a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) utiliza o píer arrendado à Vale para operar cargas de terceiros. O intuito da empresa é dinamizar as operações no Itaqui para aumentar a produtividade dos berços.

Para o descarregamento, a equipe da Diretoria de Operações (DOP) da Emap reorganizou a área do berço 105, que geralmente é utilizado pela Vale para embarque de minérios e grãos agrícolas. Por isso, foi necessário transportar para o local os equipamentos necessários para a operação de descarga.

"Toda a operação foi realizada com controle de segurança e limpeza", afirmou o Gustavo Lago, gerente de Planejamento, que atualmente está à frente das Operações no Porto do Itaqui.

"Alteramos também o fluxo de caminhões no berço, permitindo temporariamente o trânsito apenas de caminhões trucados para o transporte do fertilizante. Assim facilitamos as manobras na retroárea", explicou o técnico da DOP, Rafael Vasconcelos.

Arrendamento - No início de dezembro do ano passado, a Emap anunciou o desembarque de cinco mil toneladas de fertilizante no berço 105, a primeira operação deste tipo em 15 anos de arrendamento do atracadouro à mineradora Vale, que o denomina Píer II e o utiliza para embarques de soja, minério de ferro e cobre. A medida visa diminuir a fila de navios na Baía de São Marcos, uma vez que o berço apresentava ociosidade em vários períodos do ano.

Neste contexto, a Vale continua arrendatária do berço, cujo contrato foi prorrogado por até três anos. Pelo acordo, a Vale terá de movimentar, no mínimo, cinco milhões de toneladas/ano. Contudo, cargas de outras empresas também poderão ser movimentadas no píer, aproveitando brechas no organograma de ocupação.

Outro detalhe desse processo é que a Emap anunciou, na ocasião, o lançamento de edital de licitação do atracadouro para março deste ano. Está em fase de elaboração o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) do novo contrato de arrendamento, que será submetido à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e posteriormente ao Tribunal de Contas da União (TCU), que tem 30 dias para se manifestar. A partir daí, a Emap poderá divulgar o edital e a minuta do contrato, que terá prazo de até 25 anos podendo ser prorrogado por igual período.

Milho - Além de desembarques de fertilizantes, outro novo item da pauta portuária de São Luís foi embarcado no berço 105, um carregamento de aproximadamente 40 mil toneladas de milho, ocorrido na primeira quinzena de janeiro deste ano. A carga veio da região do Xingu, no Mato Grosso, transportada pela Ferrovia Norte-Sul (FNS), com destino à Espanha. O embarque foi realizado no navio Hebei Lion, de bandeira de Hong Kong, contratado pela agência Fertimport.

A carga pertencia à Bunge - um dos principais clientes da logística de carga geral da Vale - e foi embarcada via FNS no Terminal de Colinas do Tocantins (TO), seguindo pela Estrada de Ferro Carajás (EFC), que integra a FNS, até o porto em São Luís. Foram utilizados mais de 400 vagões, cada um com capacidade para 92 toneladas. Até o embarque no porto, a carga foi estocada nos silos de grãos do Terminal Portuário de Ponta da Madeira (TPPM).

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O navio Santa Úrsula é um cargueiro de bandeira panamenha construído em 2006. Tem 190 metros (m) de comprimento e 32 m de largura (boca), calado de 8,4 m (distância que vai da linha d'água até o fundo do navio), e 5,6 mil toneladas de porte bruto.

 

(Fontes: O ESTADO DO MARANHÃO, Ed. 17.706, Portos – pág. 10)

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