Itaqui poderá ter um terminal de contêiner e 6 novos atracadouros

09-02-2012 09:05

Plano de Desenvolvimento e Zoneamento, aprovado no início deste mês pelo conselho maior do porto, prevê a construção de uma grande infraestrutura.

A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) divulgou ontem mais informações sobre o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto do Itaqui, aprovado pelo Conselho da Autoridade Portuária (CAP) no início deste mês. Além de novas áreas para arrendamento, o plano prevê a construção de mais seis atracadouros de navios para absorver uma projeção de alta na demanda de cargas em grãos agrícolas, combustíveis, fertilizantes e contêineres. O texto também prevê a construção de um terminal de contêineres e de uma ponte ligando o porto do Distrito Industrial, projetos que podem ser executados nos próximos 20 anos.

O PDZ, que descreve os cenários referenciais para o crescimento e aprimoramento das atividades portuárias para os próximos 20 anos, terá monitoramento constante e atualização a cada ano, visando acompanhar as mudanças econômicas e sociais pelas quais passam o Maranhão. Projeção de cargas, tipos de cargas, equipamentos, instalações e ações ambientais são alguns dos itens tratados no estudo que será encaminhado para a Secretaria de Portos (SEP), do Governo Federal, e para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

O documento analisa o cenário de referência em três diferentes marcos temporais: a curto prazo (2012-2016), médio prazo (2017/2021) e a longo prazo (2022-2031). Este ano, por exemplo, será iniciada a construção do berço 108, píer totalmente dedicado a granéis líquidos e cuja licitação, ora em andamento, prevê a abertura dos envelopes com as propostas comerciais para a primeira quinzena deste mês; construção dos berços 98 e 99 e da retroárea do berço 100, que começará a operar ainda no primeiro semestre deste ano. O PDZ prevê ainda a necessidade de um planejamento integrado do Porto do Itaqui na atualização do Plano Diretor do Distrito Industrial de São Luís (Disal).

O diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Emap, Daniel Vinent, explicou que o Distrito Industrial é de grande importância para o Porto do Itaqui, dada a sua vocação para funcionar como área retroportuária, assim como para a instalação de indústrias fortemente ligadas ao comércio exterior. "O Disal necessita de melhorias em sua infraestrutura e de planejamento para se consolidar como a alavanca para o desenvolvimento do Maranhão e estados vizinhos, principalmente ao se considerar o Corredor Centro-Norte, que depende do desenvolvimento e ampliação do Porto do Itaqui e do Distrito Industrial para o escoamento do seu potencial agropecuário e mineral", disse.

Nesse sentido, a partir de 2013, o berço 103 passa a ser usado para escoamento da soja, farelo e milho do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram). Até 2016, serão implantados os berços 98 e 99, além da 1ª etapa do armazém para fertilizantes com no mínimo 56 mil toneladas na retaguarda do berço 98. O berço 99 movimentará celulose e pellets vegetais.

A longo prazo, até 2031, entre outros projetos, está prevista a implantação dos berços 93 a 95; a segunda etapa do Terminal de Contêineres (Tecon), com dois berços (95 e 96) e de sua expansão futura, nos berços 93 e 94. O berço 96 será interligado com o Distrito Industrial, por meio de uma ponte, criando-se um novo acesso ao porto.

Ações - Para atrair novas cargas e consolidar outras que já estão sendo movimentadas no Itaqui, a Emap deve melhorar ainda mais nos próximos anos alguns indicadores de desempenho, como tempo de espera dos navios, setorização dos berços, tempo de atracação das embarcações para carregamento e descarga, taxa de ocupação dos berços (que não deverá ser inferior a 60%), maior produtividade nas operações e criação de novas áreas de armazenagem, entre outros.

"Estamos em franco processo de evolução e o Itaqui está cada vez mais se consolidando como indutor de desenvolvimento do estado. Todo planejamento nos dá um norte e por ser o PDZ um documento dinâmico, que acompanha as mudanças econômicas, precisamos estar atentos para fazer ajustes pelo menos a cada ano", explicou o presidente da Emap, Luiz Carlos Fossati. "O PDZ aprovado está mais próximo da realidade que vive hoje o Itaqui", completou Arthur Horta, presidente do CAP.

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De acordo com a Emap, o perímetro portuário conta atualmente vários lotes disponíveis ao fechamento de novos contratos de arrendamento, num total de 371.560 m². Celulose, pellets (tipo de combustível granulado que pode ser feito de diversos tipos de biomassa como serragem, cascas e podas de árvores), contêiner, derivados de petróleo, soja, farelo de soja, milho, carga geral e de projetos são algumas das cargas que deverão representar as maiores demandas nos próximos anos. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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