Itaqui, Pecém, Suape e Aratu são os portos mais estratégicos do NE
Os portos de Itaqui (MA), Pecém (CE), Suape (PE) e Aratu (BA), de acordo com o Plano de Desenvolvimento Integrado do Nordeste, estão previstos para se tornarem "hub ports" do Nordeste, isto é, terminais concentradores de carga. Essa política logística visa à redução das distâncias internacionais, o tempo de operação e a maior eficiência da cabotagem. O plano foi apresentado no 12º Fórum de Governadores do Nordeste, que ocorreu no dia 21 de fevereiro no município de Barra do Coqueiro, próximo a Aracaju (SE).
Esses portos serão "hubs" para viabilizar o transporte de longo percurso, e também serão estratégicos para a integração com portos de menor tamanho, como os do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Sergipe e de Alagoas.
Neste sentido, o plano prevê a criação de um fundo de investimentos da ordem de R$ 21 bilhões para serem aplicados num prazo de até cinco anos. Para constituir esse fundo, estima-se aportes de R$ 6 bilhões do Tesouro Nacional e mais R$ 6 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), além de R$ 3 bilhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e R$ 3 bilhões do Banco Mundial (Bird), e ainda R$ 3 bilhões dos cofres estaduais.
Maranhão - No caso do Maranhão, as informações mais recentes sobre o setor vêm da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora do Porto do Itaqui, e da mineradora Vale, que opera o Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM). Neste último caso, a companhia divulgou recentemente que vai investir cerca de US$ 5 bi no setor logístico, como a construção de mais um píer e a duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC).
A respeito do Porto do Itaqui, está em fase de implantação desde fins de 2009 o projeto do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), que visa o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste via Ferrovia Norte-Sul (FNS). A última informação oficial sobre o empreendimento é de outubro de 2010, quando o projeto foi enviado para análise da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e posterior avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), ambos em Brasília (DF).
Enquanto o projeto Tegram cumpre trâmites burocráticos, de acordo com informes da Emap, peritos da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) realizam no Itaqui o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) para a expansão da infra-estrutura portuária. Até o momento, o trabalho resultou na proposta de mais dois berços na porção sul do porto, que atualmente tem seis berços em operação.
O setor portuário do Maranhão tem ainda como perspectiva atender à demanda de movimentação de carga de outros empreendimentos em fase de instalação no estado, como a termelétrica MPX Itaqui, a Refinaria Premium I da Petrobras e a produção da indústria de celulose do grupo Suzano.
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Entende-se por "hub port", ou porto de transbordo, o complexo logístico concentrador de cargas e de linhas de navegação. O termo decorre das estratégias de aumentar o tamanho dos navios, concentrar rotas e reduzir o número de escalas adotadas pelas principais companhias marítimas, notadamente a partir dos anos 1990. Segundo o Dicionário Oxford, na sua 6ª edição no ano 2000, a palavra "hub" de origem inglesa, significa "a parte central e mais importante de um lugar ou atividade em particular". Daí a origem do termo "hub port".
(Fonte: O estado do Maranhão, edição17.731, Portos, pg.8)