Itaqui assume o seu lugar

19-04-2011 09:22

 

A visita do ministro dos Portos, Leônidas Cristino, ao Maranhão, ontem, foi um sinal de que o sistema portuário de São Luís se projeta cada vez mais no cenário da logística nacional. Foi esse o ânimo externado na conversa que ele manteve com a governadora Roseana Sarney e o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Luiz Carlos Fossati. E um dado confirma essa projeção: pelos portos de Upaon-Açu passaram, em 2010, mais de 118 milhões de toneladas de carga, o que significa a quarta maior movimentação do país e a segunda maior do Norte/Nordeste, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

O interesse pelo complexo portuário maranhense aumenta à medida que para os próximos anos a tendência é de forte crescimento.

A Vale, que administra o Terminal da Ponta da Madeira, está construindo um novo píer, com dois atracadouros, para duplicar os 90 milhões de toneladas movimentados. Além disso, a mineradora trabalha na duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), que integra a Ferrovia Norte-Sul (FNS). A nova linha férrea terá 892 quilômetros e as obras estão em andamento desde o ano passado. A duplicação será concluída em até 2015, com investimentos são de US$ 3 bilhões. Trata-se, hoje, do principal projeto logístico da mineradora no país e será essencial para garantir o escoamento do minério de Carajás,cuja produção será duplicada nos próximos quatro anos.

No Porto do Itaqui, o Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), já aplicou R$ 320 milhões na construção do berço 100, recuperação do berço 102, além de obras de dragagem e de alargamento de todo o cais sul. Para o próximo ano, a meta é iniciar a construção de mais um atracadouro, o berço 108, na porção norte do cais e que será destinado à movimentação de granéis líquidos, principalmente derivados de petróleo. A obra está orçada em R$ 82 milhões.

Com esses dois novos berços, o Itaqui passará a dispor de oito atracadouros, reservando a porção norte para a movimentação de granéis líquidos, que constitui o principal item da pauta portuária atual, e a porção sul para carga geral e granéis sólidos.

Os investimentos previstos adequarão o Itaqui para escoar produtos agrícolas via Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), que deve iniciar as operações em 2012. Integrado à Ferrovia Norte-Sul, o Tegram é aguardado com grande expectativa por produtores do Centro-Oeste e Sudeste, devido à defasagem dos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). É a grande saída da maior parte da produção de grãos das duas regiões. Deverá escoar boa parte de uma safra recorde de 146 milhões de toneladas projetada para o fim deste ano.

O complexo portuário do Maranhão assume, assim, o lugar que lhe é devido na estrutura logística do país. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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