Licitação do Tegram terá início no Itaqui

18-10-2011 09:03

A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), que administra o Porto do Itaqui, realizará às 10h de hoje, no auditório da companhia, a abertura dos envelopes das empresas interessadas em participar do 1º lote do processo de licitação para a construção do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram). Outros três lotes ainda serão liberados para a concorrência pública. Na semana passada, o presidente da Emap, Luiz Carlos Fossati, em entrevista à agência Estado, afirmou que cerca de 100 companhias, nacionais e internacionais haviam demonstrado interesse no empreendimento. Do total, ele disse que a expectativa é de que pelo menos 25 participem da licitação. A abertura dos envelopes integra o cronograma de previsto em edital publicado em agosto, logo após a aprovação do projeto pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O Tegram, idealizado em 2004, terá capacidade para movimentar 5 milhões de toneladas de grãos ao ano, após concluída a primeira etapa do empreendimento. A expectativa é de que depois dessa fase a movimentação alcance 10 milhões de toneladas por ano. O agronegócio responde hoje por 23,5% da movimentação total do Porto do Itaqui. O objetivo da Emap é elevar a participação do porto na exportação nacional de soja dos atuais 3% para 20%.

O investimento na primeira fase de implantação soma R$ 262 milhões, para quatro armazéns com capacidade estática de 125 mil toneladas cada (base soja). As empresas vencedoras, uma por lote, poderão explorar o negócio por 25 anos, renováveis por mais 25, e serão responsáveis pela operacionalização do projeto, incluindo o sistema de recepção e expedição da carga. Se tudo correr dentro do cronograma, esta primeira fase deverá entrar em operação no fim de 2013.

A construção do Tegram é necessária para que o porto maranhense eleve sua capacidade de embarque de grãos, hoje realizada por uma estrutura mantida pela Vale, no Ponta da Madeira, e com capacidade limitada a cerca de 2 milhões de toneladas por ano. O empreendimento é considerado por representantes do agronegócio do Centro-Oeste do país como fundamental para baratear o custo de transporte dos grãos dessa região para os mercados externos. Atualmente, cerca de 80% da soja exportada pelo Brasil sai pelos portos de Paranaguá e Santos.

Segundo a gerência da Comissão de Logística da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), o escoamento de grãos pelo Porto do Itaqui poderia reduzir em 20% o custo do transporte da soja – hoje em US$ 120 por tonelada – na região nordeste de Mato Grosso, inicialmente a mais beneficiada pela obra. O Mato Grosso aposta no empreendimento.

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O Complexo Portuário de São Luís, que além do Porto do Itaqui inclui os portos da Alumar e de Ponta da Madeira, da Vale – movimentou no ano 11,87% a mais, saltando de 84,2 milhões para 94,2 milhões de toneladas. O número de navios saltou de 1.105 para 1.217 no mesmo período, um acréscimo de 10,14%. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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