Lobão critica cancelamento da duplicação da BR-135
Em discurso durante solenidade, ministro maranhense fez críticas ao Ministério dos Transportes por ter cancelado a licitação para as obras na rodovia
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, criticou duramente, ontem, a decisão do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, de cancelar a licitação para duplicação da BR-135. Em discurso na solenidade de lançamento da segunda etapa do programa “Luz para Todos”, Lobão classificou a rodovia maranhense como “o que há de pior” no país. Ele comparou as ações de sua pasta com o que o Ministério dos Transportes vem fazendo no Maranhão. “Estamos fazendo o dobro, em termos de recursos, do que o Ministério dos Transportes está fazendo pelo Maranhão”, afirmou.
Durante seu discurso, ouvido por dezenas de prefeitos e membros da classe política maranhense, o ministro fez questão de ressaltar que é testemunha da luta da governadora Roseana Sarney (PMDB) pela restauração da BR-135. “Estive com a governadora Roseana em várias ocasiões e sou testemunha de sua luta pela recuperação da rodovia”, frisou Edison Lobão.
Roseana também lembrou da BR em seu discurso. Ao fazer levantamento dos investimentos que estão sendo projetados para o Maranhão nos próximos quatro anos, ela ressaltou a necessidade de recuperação da rodovia. “Estamos cobrando a restauração da BR-135. A rodovia é a porta de entrada para São Luís. E ano que vem a capital maranhense estará completando 400 anos”, lembrou a governadora.
Estrada - Ministro de Estado, Edison Lobão lembrou que viaja por todo o Brasil e lamentou que a estrada maranhense seja a única do país nas condições intrafegáveis em que se encontra. “Ando o Brasil todo e em todas as capitais a que se chega o que se vê são rodovias bem-feitas, de nível europeu. Rodovias dignas do Brasil grande, moderno. Aqui, lamentavelmente, a BR-135 é o que há de pior”, declarou, citando as capitais nordestinas do Rio Grande do Norte, Paraíba e Sergipe.
Para Lobão, não faz sentido que o Ministério dos Transportes crie uma confusão por causa de um projeto como o da BR-135, plenamente possível de ser realizado. “Essa confusão toda [do cancelamento da licitação] se deu por conta de uma obra de R$ 200 milhões, enquanto só hoje o convênio que acabamos de assinar é de R$ 400 milhões”, comparou o ministro. (Fonte: O Estado do Maranhão)