Lula afirma que a UHE será modelo para outros projetos
O presidente Luiz Inácio Lula destacou que a Usina Hidrelétrica Estreito (UHE Estreito) será modelo e representará um grande passo para o desenvolvimento econômico não somente do Maranhão, como do país inteiro. Para ele, com a possibilidade de geração de energia mais próxima do estado, a usina abre campo para novos investimentos locais. “Acho que representa a possibilidade de desenvolvimento para o estado. À medida que tem uma hidrelétrica e que você pode começar a convencer empresários a virem investir, tanto no Tocantins quanto no Maranhão, você vai ter uma energia mais próxima, mais barata e que, portanto, vai significar mais desenvolvimento”, declarou.
Lula ainda pontuou que a UHE, de certa forma, ajudará o Maranhão a ganhar espaço e importância no cenário nacional, principalmente diante de novos investimentos que estão próximos de chegarem ao estado, como a possibilidade de extração de gás em Capinzal do Norte, onde foi descoberto um megacampo de gás com uma reserva de 15 trilhões de pés cúbicos de gás.
“Agora que o Maranhão descobriu o gás e que já começou a terraplanagem da maior refinaria do hemisfério sul, acho que o estado vai ser muito importante para o Brasil”, complementou o presidente.
Evolução - Em termos técnicos, Lula assinalou que o modelo de construção da Usina Hidrelétrica Estreito deve ser adotado a partir de agora na implementação de novos projetos. O presidente destacou que a grande evolução da UHE foi ter tratado a questão do realocamento de famílias de forma digna para todos os atingidos pelo empreendimento.
“Estamos usando essa hidrelétrica quase como um modelo do que será daqui para a frente. Ou seja, levar em conta a necessidade de tratar corretamente e de forma respeitosa todos os trabalhadores que aqui moravam”, assinalou o presidente.
“Fizemos um acordo, um protocolo com o pessoal do MAB [Movimento dos Atingidos por Barragens], para que a gente acompanhe de perto, e eu tenho certeza de que Dilma vai acompanhar de perto, para que se crie um novo paradigma e nunca mais a gente precise ter conflito de pessoas desalojando os pobres para fazer uma hidrelétrica. Ou seja, se uma hidrelétrica significa desenvolvimento, crescimento econômico, tem que significar também oportunidade para as pessoas que moram ali”, complementou o presidente. (O Estado do Maranhão; Primeiro Caderno; Especial - pág. 06)