Manifestantes paralisam obras da Ferrovia Carajás

20-01-2012 09:25

Protesto ocorreu em Açailândia; eles alegam que Vale não cumpre acordo.

Moradores da comunidade Novo Oriente Francisco Romão, Planalto I e II e do acampamento João do Vale, na zona rural do município de Açailândia (550 km de São Luís), paralisaram na manhã de ontem as obras de duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC). O protesto durou duas horas - das 8h às 10h - e depois a EFC foi liberada. Os manifestantes alegam que a Vale não estaria cumprindo os acordos firmados com as comunidades para minimizar os impactos ambientais causados pela obra.

Um grupo de pessoas ocupou a principal estrada que dá acesso ao canteiro de obras, impedindo que os ônibus e operários chegassem até o local de trabalho. Aproximadamente 700 operários não puderam trabalhar na manhã de ontem. A manifestação causou também o atraso no trem de passageiros que sai de São Luís com destino a cidade de Paraupebas, no estado do Pará, passando por Açailândia.

Entre os principais impactos da ferrovia sobre essas comunidades, segundo os moradores, estão atropelamentos de pessoas e animais, e danos ambientais causados pela passagem da locomotiva. Os manifestantes também reclamam de poluição sonora, tremores de terra, rachaduras nas casas, aterramento de poços e envenenamento das terras das comunidades. Todos esses impactos foram reunidos em um documento e entregue ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Ainda segundo os manifestantes, como contrapartida desses impactos a Vale deveria executar uma série de ações, entre elas construir um posto de saúde e túneis para passagem de carros e passarelas de pedestres; indenizar as pessoas que tiveram suas casas demolidas; realizar trabalhos de prevenção de incêndios; recuperar os reservatórios de água da região e apoiar pesquisas para avaliar o impacto do uso de agrotóxicos em campos de cultivo de eucalipto próximos à plantação de assentamentos da região.

Em nota, a Vale condenou a atitude dos moradores das comunidades de Açailandia e informou "que adotará medidas judiciais para punir os envolvidos no ato para evitar que problemas como esse voltem a acontecer na região". (Fonte: O Estado do Maranhão)

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