Maranhão é referência para o Nordeste com Núcleo de Engenharia
São Luís é a única capital nordestina com um Núcleo de Engenharia. São sete cursos na área, Civil, Mecânica, Elétrica, Química, alguns pioneiros no Estado como de Produção, Ambiental de Controle e Automação. Os investimentos instalados no Maranhão como refinarias, termelétricas, indústrias de base (química e petroquímica, de mineração, siderurgia e de papel e celulose), grandes obras de infra-estrutura (rodovias e ferrovias), são meios pelos quais as oportunidades de trabalho se concretizarão nesta área.
A carência de engenheiros no país e a demanda no mercado maranhense levaram ao aperfeiçoamento das bases educacionais pelas Instituições de Ensino Superior (IES) que trouxeram graduações, nunca antes ofertadas. Foi o caso da Faculdade Pitágoras, que instalou-se em São Luís, em 2008. A IES é pioneira em cursos na área de Engenharia como de Produção, Ambiental e de Controle e Automoção, recém aprovado pelo Ministério da Educação, com início das aulas para segunda quinzena de fevereiro. Atualmente, os alunos do curso de Produção, primeiro a ser ofertado, respondem por quase 30% do número de alunos do Pitágoras. Em 2010, a IES registrou aumento de 50% no número de acadêmicos. “Em menos de um ano, estamos na fase final da implantação do Núcleo das Engenharias. A grande procura é o reflexo da carência de profissionais nessa área”, ressaltou, o diretor da Faculdade, Samir Martins Maluf.
O profissional do recém-aprovado pelo MEC, Engenharia de Controle e Automoção, por exemplo, deverá atuar principalmente na interface entre o sistema produtivo e o sistema gerencial das empresas. Ele planeja, projeta e executa sistemas de controle de processos e de automação industrial. O campo de atuação do engenheiro de controle e automação é, portanto, um dos mais abrangentes dentre as modalidades da Engenharia, podendo atuar em diferentes ramos da indústria, como mineração, siderurgia, automobilística, alimentícia, química, telefonia, farmacêutica, na construção civil, usinas de açúcar, agroindústrias, dentre outras. Ele também desenvolve e implementa processos de automação comercial ou residencial. O curso é propício ao cenário industrial vivenciado pelo Maranhão.
Carência
Para se ter uma idéia da carência de profissionais de engenharia no país, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), divulgou o resultado da pesquisa “A Formação de Engenheiros no Brasil: Desafio ao Crescimento e à Inovação”. No ano de 2009, apenas 5,1% do total os egressos no ensino superior eram das Engenharias; Ciências Sociais e Direito registraram 27,3%; e 13,7% Os dados apresentados também evidenciam a perda de peso relativo das áreas tradicionais da Engenharia na formação geral de engenheiros, em que ganham peso a Engenharia de Produção, Logística, Pesquisa Operacional; Qualidade; Engenharia do Trabalho, Econômica e Ambiental; Engenharia de Alimentos e Mineração ante as áreas como Engenharia Elétrica, Eletrônica, Mecânica, Química e Engenharia Civil.
(Fontes: ATOS E FATOS, Ed. 2.683, Geral – pág. 09)