Maranhão integra lista de investimentos chineses no Brasil, revela estudo do MDIC

19-04-2011 08:50

 

O Maranhão está na lista de investimentos chineses no Brasil, de acordo com levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Dos US$ 37,1 bilhões anunciados pelos asiáticos desde 2003 no país, há interesse da empresa Sanye Group em investir no estado o montante de US$ 170 milhões na instalação de um parque industrial para produção de motocicletas elétricas e eletrodomésticos.

No fim do ano passado, executivos do Sanye Group, sob o comando do presidente da empresa Ye Gui Shun, estiveram em São Luís, onde se reuniram com representantes do Governo do Estado para anunciar o interesse em investir no Maranhão. A produção da fábrica teria como destinos os mercados interno externo.

Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Maurício Macedo, os executivos chineses informaram, na visita a São Luís, da necessidade de uma área de aproximadamente 600 hectares para a instalação do empreendimento. Na ocasião, foram dadas opções de áreas na própria capital, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Bacabeira e até mesmo na região de Chapadinha.

Os executivos chineses também foram informados sobre incentivos fiscais disponíveis, infraestrutura do estado (portos, ferrovias, rodovias, energia, água, etc), localização privilegiada do estado, próxima dos grandes mercados internacionais, entre outras vantagens competitivas e comparativas. Maurício Macedo informou que o governo está aguardando retorno do Sanye Group sobre a prospecção realizada no estado.

Brasil – No período de janeiro de 2003 a janeiro de 2011, os investimentos chineses anunciados de US$ 37,1 bilhões no Brasil, totalizando 86 operações em novos negócios ou fusões e aquisições. No período analisado, o setor de metais - incluídas as atividades de extração e de metalurgia - recebeu a maior parte dos anúncios de investimento (56,5 %), seguido pelos segmentos de petróleo, gás e carvão (28 %), energia elétrica (5,2%), automotivo (4 %) e logística de transportes (1,9 %).

Por unidade da federação, o Rio de Janeiro foi o principal estado a ter investimentos chineses divulgados (20%), com destaque nas áreas de petróleo e gás e metalurgia. Com relação aos investimentos que abrangem mais de um estado, o conjunto SP/RJ/ES foi o destaque, com 19,2% de participação.

A maior parte dos anúncios mapeados pela Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai) da Secretaria de Desenvolvimento (SDP/MDIC) deu-se a partir do segundo semestre de 2009, até o final do ano passado, sob a forma de aquisições de participação, em setores ligados à extração e à produção de matérias-primas, como petróleo e gás e mineração, além de infraestrutura. Em 2010, especificamente, os investimentos chineses anunciados no Brasil totalizaram US$ 17,17 bilhões, sendo US$ 4,08 bilhões em novos investimentos e US$ 13,09 bilhões em operações de aquisição.

Segundo a Renai, desse total, US$ 14,34 bilhões estão ligados a commodities (petróleo e gás e metais), o que evidencia a estratégia chinesa de garantir autofornecimento de matérias-primas. Os US$ 2,88 bilhões restantes destinam-se aos setores de infra-estrutura - transmissão de energia elétrica - e de produtos manufaturados, como automóveis e máquinas e equipamentos.

Número

US$ 37,1 bi É o total de investimentos chineses no Brasil de 2003 a 2011. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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