Maranhão é visto como estratégico para a logística e o transporte brasileiro
A visão é do secretário nacional de Política de Transportes, Marcelo Perrupato.
O secretário nacional de Política de Transportes, Marcelo Perrupato e Silva, afirmou ontem que o Maranhão é estratégico do ponto de vista dos eixos de logística do Brasil, ao referir-se à infraestrutura existente de portos (Itaqui), rodovias e ferrovias (Norte-Sul, Carajás e Transnordestina), além da localização privilegiada do estado, próximo dos mercados internacionais.
Marcelo Perrupato fez esse comentário favorável ao Maranhão durante o 50º Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Planejamento, que começou ontem no Hotel Luzeiros. Ele ministrou palestra sobre o Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT) aos participantes do evento.
Segundo o secretário nacional de Política de Transportes, é para o eixo do Maranhão e de outros estados do Norte e Nordeste, que estão se concentrando os esforços de investimentos em ampliação e modernização da logística e do transporte.
Ele defendeu mais investimentos no sistema ferroviário brasileiro, que hoje se constitui como um grande gargalo de transporte. "É preciso mais investimentos nesse modal, integrando-o aos portos, para que a logística do Brasil se consolide em termos de competitividade", pontuou.
Desde 2008, já foram investidos R$ 180 bilhões, do total de R$ 480 bilhões previstos pelo PNLT no horizonte até 2023, em expansão de ferrovias, duplicação e pavimentação de rodovias, portos e aeroportos. "Temos R$ 300 bilhões restantes para ser empregados em logística e transporte até 2023", informou.
De acordo com o secretário, do total de recursos aplicados até agora (de 2008 a metade de 2012) em logística e transporte no país, no âmbito do PNLT, dois terços são oriundos do setor público.
Segundo o secretário de Estado de Planejamento e Orçamento, João Bernardo Bringel, o Maranhão é um dos poucos estados que dispõem de uma infraestrutura já estabelecida, como o Porto do Itaqui, estradas, ferrovias, modais que já podem ser tidos como sobrecarregados, em função do desenvolvimento, mas que precisam de mais investimentos.
Planejamento - O PNLT representa a retomada do processo de planejamento no setor transporte, dotando-o de uma estrutura permanente de gestão, com base em um sistema de informações georeferenciada, contendo todos os principais dados de interesse do segmento, quer na parte da oferta, quer na parte da demanda.
O PNLT considera a questão da territorialidade e dos impactos da infraestrutura no desenvolvimento das diversas regiões do país. Assim, além das simples relação de benefício/custo, que tende a concentrar investimentos em regiões mais desenvolvidas, são consideradas proposições para diminuição de desigualdades regionais.
A expectativa é de que até 2023 a participação do modal ferroviário cresça de 25% para 32%, e que o aquaviário se eleve de 13% para 29%. O segmento aéreo está previsto crescer de 0,4% para 1% e o dutoviário, de 3,6% a 5%. Se atingidas essas metas, a participação do modal rodoviário, principalmente no transporte de cargas, cairia de 58% para 33% no país.
Números
R$ 480 bi Deverão ser investidos em logística e transporte no Brasil até o ano de 2023
R$ 180 bi Já foram investidos desde 2008 no setor de logística e transporte brasileiro
(Fonte: O Estado do Maranhão)