Maranhenses são prioridade na Suzano
Empresas maranhenses terão prioridade no fornecimento de produtos e serviços demandados pelo Grupo Suzano Papel e Celulose, que está implantando uma unidade em Imperatriz, na Região Tocantina. O assunto foi o tema central do Encontro de Negócios com Empresários do Maranhão, realizado ontem, no Pestana Hotel em São Luís. Na oportunidade, foram apresentados os negócios que já estão sendo criados na Região Tocantina com a instalação do empreendimento.
O encontro foi promovido pela Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (Sinc), Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) e pelo Grupo Suzano. "A Suzano provocará um impacto muito grande na economia daquela região", declarou o secretário de Estado de Indústria e Comércio, Maurício Macêdo. "Aqui estão muitas empresas aptas a fornecer serviço, mão-de-obra e produtos para esse grande projeto de integração do nosso estado", destacou.
De acordo com os números apresentados pelo diretor de Expansão da Suzano no Maranhão e Piauí, Luís Baroni, a instalação do empreendimento criará 7 mil empregos diretos durante o pico das obras, mantendo-se uma média de 3.500 empregos diretos e 15 mil indiretos nas demais etapas. "A Suzano, hoje, precisa do apoio do grande, do médio e do pequeno empresário maranhense em serviços diversos que vão desde hotelaria, alimentação, transporte, borracharia, até manutenção", explicou o diretor.
Com relação às parcerias com o empresariado local, a expectativa da Suzano, segundo Luís Baroni, são as melhores possíveis. “Para fazer um empreendimento desse porte, precisamos do empreendedor local”, afirmou, acrescentando que “o empresariado tem que estar preparado tecnicamente e ser competitivo na parte comercial".
Importância - Empresário da área da construção civil em Imperatriz, Osório Guterres considerou o Encontro de Negócios importante para orientar os empresários. "Conhecemos as oportunidades que serão abertas para o empreendedor local”, afirmou.
Maurício Macêdo informou que o encontro reuniu todos os segmentos empresariais que participam do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores, principalmente da área da construção civil e de engenharia de projetos. "As necessidades do empreendimento são as mais diversas, o importante é orientar o empresário para que participe deste momento", assinalou.
O presidente da Fiema, Edílson Baldez, destacou a importância de inserir o empresariado local nos projetos da Suzano, acrescentando que boa parte dos empresários encontra-se preparada para atender à demanda. “Os demais serão orientados, qualificados e receberão certificação de qualidade para poder participar desse momento", revelou.
A previsão é de que as obras de construção da fábrica tenham início no primeiro semestre de 2011 e as atividades comecem em 2013, com capacidade para produzir 1,3 milhão de toneladas/ano de celulose. A produção de celulose da Suzano será exportada, por meio de navio a um terminal privado que o grupo pretende construir em São Luís, próximo ao Porto do Itaqui.
Saiba mais
O Grupo Suzano recebeu a licença de instalação para a atividade de produção de celulose e papel, e ainda autorização (outorga) para uso de água superficial do Rio Cinzeiro, situado no município de Imperatriz, para fins industriais. (Ed. 17.636; Primeiro Caderno; Economia – pág. 10)
*Esta matéria também foi publicada no jornal O Imparcial.