Mercado absorve os estoques da indústria no MA

27-03-2012 08:12

Pesquisa divulgada pela Fiema mostra também que, além do escoamento da produção, houve queda no ritmo industrial.

A Sondagem Industrial divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) mostrou que os estoques de produtos finais acumulados nas indústrias maranhenses desde agosto de 2011 caíram em fevereiro. O registro foi de 47,5 pontos, demonstrando escoamento da produção no estado, se comparado ao mês anterior. No Brasil, a indústria permanece com o volume de estoque de produtos finais alto (51,1 pontos) e acima do desejado.

Mesmo com o dado positivo, a pesquisa voltou a indicar queda na produção industrial maranhense (46,9 pontos) em fevereiro, bem como no país, cujo índice ficou em 46,5 pontos. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda ou variação negativa. Ressalte-se que no Maranhão e no Brasil, houve recuperação dos índices frente a janeiro.

No Maranhão, as indústrias de médio e grande portes registraram estabilidade (50,0 pontos) nos níveis de produção, contribuindo para a recuperação do indicador.

Capacidade instalada - Outro aspecto analisado na sondagem mostrou que a utilização da capacidade instalada (UCI) permaneceu igual ao usual em fevereiro (49,5 pontos), sinalizando recuperação ante os dois meses anteriores. Em termos percentuais, a UCI avançou 5% de janeiro (73%) para fevereiro (78%), mas não suficiente para elevar o índice de volume de produção e caracterizar aumento.

A pesquisa destacou ainda que o indicador de emprego (50,8 pontos) sinalizou pequeno aumento no quadro de pessoal, ocorrido exclusivamente nas médias e grandes empresas, pois nas pequenas houve dispensa (40,9 pontos) de mão de obra.

Medidas - Na semana passada, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou, via imprensa, que a presidente Dilma Rousseff deve anunciar medidas para reativar a produção industrial brasileira. Segundo a CNI, as medidas envolvem aumento dos investimentos em infraestrutura e redução de impostos para alguns setores. A informação partiu do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, após reunião de líderes de grandes empresas com a presidente.

De acordo com Andrade, Dilma pediu elevação de investimentos aos empresários e reafirmou que o governo continuará buscando equilíbrio entre os juros e o câmbio. "Tais medidas darão maiores condições às empresas brasileiras para competir com os produtos importados. O câmbio é hoje um obstáculo à competição das empresas", disse.

"Perdemos competitividade por diversos fatores, desde a guerra fiscal entre os estados no incentivo às importações, até a elevada carga tributária, os altos encargos trabalhistas e as deficiências no sistema de transporte e logística", completou o presidente da CNI.

Mais

-De forma geral, as expectativas em março para os próximos meses são positivas. A projeção da demanda (71,2 pontos) dos executivos entrevistados é de que haja aumento, em maior intensidade que o estimado nos dois primeiros meses de 2012.

-Para atender a essa demanda, as indústrias projetam adquirir mais matéria-prima e absorver mais mão de obra.

-O aumento (62,5 pontos) nas exportações também é esperado pelas médias e grandes indústrias. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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