MPX confirma joint venture com E.ON e aumento de capital de R$ 1 bi
Por Stella Fontes
SÃO PAULO - Em comunicado encaminhado hoje à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a MPX, braço de energia do grupo empresarial de Eike Batista, confirmou a assinatura de um termo de compromisso com a alemã E.ON para constituição de uma joint venture, que dará origem à maior companhia privada de energia do Brasil. A informação foi publicada ontem pelo Valor Online.
Conforme o documento, MPX e E.ON terão, cada uma, 50% de participação na joint venture. A MPX levantará ainda R$ 1 bilhão, por meio de um aumento de capital em que a E.ON participará com investimento de R$ 850 milhões. Com a operação, a alemã passará a deter participação de 10% na MPX. A expectativa é a de que a transação seja concluída antes do encerramento do segundo trimestre.
“A parceria entre a MPX e a E.ON deverá resultar na criação da maior empresa privada de energia do Brasil, objetivando atingir uma capacidade de geração total de 20 GW”, informa o comunicado. A nova companhia será o único veículo de investimento para projetos de suas duas controladoras no Brasil e no Chile.
Para a nova companhia, indica o documento, a MPX vai transferir 50% da carteira de empreendimentos térmicos sem contrato de compra e venda de energia, 100% das atividades de suprimento e comercialização e 100% dos projetos de energia renovável. A E.ON terá ainda a opção de compra de participação adicional de 38,9% no projeto do Açu, empreendimento que está sendo erguido no Estado do Rio de Janeiro.
Após a entrega desses ativos, a MPX terá mantido 50% da carteira de projetos térmicos, mais as participações em empreendimentos de geração com energia contratada (Energia Pecém, Pécem II, Itaqui, Parnaíba e Amapari) e nas concessões de gás natural na Bacia do Parnaíba, detidas através da coligada OGX Maranhão Petróleo e Gás.
As companhias informam ainda que o investimento da E.ON na MPX ocorrerá após a conversão em ações de debêntures da companhia brasileira e a cisão dos ativos de mineração de carvão na Colômbia, para uma nova companhia, batizada CCX. A CCX, que receberá até R$ 814 milhões detidos em caixa atualmente pela MPX, será listada no Novo Mercado da BM&FBovespa. (Fonte: Valor Econômico)