Navegação de cabotagem cresce em relação ao transporte rodoviário

27-03-2012 08:20

Empresas do setor de bens de consumo bustam reduzir os custos de logística.

RIO DE JANEIRO - Fabricantes de bens de consumo como eletroeletrônicos, alimentos e bebidas, higiene e transporte estão adotando a navegação de cabotagem como opção logística. De acordo com o jornal Valor Econômico, empresas como LG Electronics, Unilever e Caloi fazem parte do grupo de companhias que vêm ampliando o uso de navios mercantes como alternativa ao caminhão para fazer a distribuição de produtos entre diferentes regiões do país.

Uma das razões para esta mudança é o custo de frete, cerca de 25% menor, em média, do que o modal rodoviário. Além disso, o transporte marítimo possibilita maior segurança quanto à integridade da carga. A navegação também traz como benefício a redução das emissões de gás carbônico, um aspecto ambiental em alta no setor empresarial. Entretanto, o caminhão continua a ser mais rápido e flexível na coleta da carga do que o navio.

Segundo a reportagem, a LG Electronics aposta na cabotagem por considerar o modal mais seguro e competitivo, em preço, do que o transporte rodoviário, diz Emanuela Almeida, gerente de logística da LG. A empresa transporta, em barcos, na rota Manaus / São Paulo, 90% de sua linha de áudio e vídeo, como tevês de LCD e LED e aparelhos de DVD, além de ar-condicionado.

A operação inclui a transferência de produtos da fábrica de Manaus para os centros de distribuição em Pernambuco e São Paulo. A LG também contrata serviços de empresas de navegação como Log-In e Aliança para entregar a grandes clientes como Casas Bahia, Fast Shop e Ponto Frio.

Fontes do setor logístico informaram, segundo a reportagem, que um frete de caminhão, carregado com eletroeletrônicos entre Manaus e São Paulo, fica em R$ 90,00 por metro cúbico. Na cabotagem, no mesmo trecho, o preço é de R$ 76,00 por metro cúbico, uma redução de 15%.

Vantagem - A diferença de preço pode chegar a 40% dependendo do volume e da relação com o cliente, diz Fábio Siccherino, diretor comercial da Log-In, que opera com cinco navios na cabotagem, segundo a reportagem. A concorrência entre as empresas de navegação aumenta no setor, que é liderado pela Aliança Navegação e Logística. A empresa tem dois serviços de cabotagem, cada um com quatro navios.

A Unilever, uma das empresas que mais movimentam produtos de consumo no Brasil, incorporou o uso de barcos pela costa brasileira como forma de cortar a emissão de gases de efeito estufa. A iniciativa se insere no plano global de sustentabilidade da companhia, que tem como meta reduzir as emissões de CO2 em até 40% até 2020.

O caminhão ainda responde por 97% de todo o transporte da Unilever e, embora a participação da cabotagem seja de apenas 3%, a tendência é de crescimento. A principal rota para barcos usada pela empresa é a de São Paulo para o Nordeste.

Caetano Ferraiolo, diretor de operações da Caloi, disse que a empresa usa navios sempre que a data de entrega das bicicletas permite. Hoje o modal representa 35% das entregas da Caloi, percentual que, em 2010, era de 10%. Preço e integridade do material contam na escolha da empresa que, no primeiro semestre transporta, em média, via barcos, 30 a 40 contêineres cheios de bicicletas por mês. No segundo semestre, o número aumentará para 100 contêineres por mês.

Número

25% É a diferença de custo do frete, em média, do modal marítimo (cabotagem) em relação ao transporte rodoviário. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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