Navio passará por simulador de emergência

22-12-2011 09:39

A simulação de uma situação de emergência no navio Vale Beijing, que está fundeado na Baía de São Marcos por causa de avarias em um dos tanques de lastro, será realizada hoje. A ação testará o sistema current buster, que permite isolar o óleo em caso de vazamento de combustível no mar. A simulação, operada pela empresa holandesa Smit, acontece como uma exigência do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que quer garantias de que durante as operações de retirada de combustível e remoção da carga do graneleiro os riscos de acidente ambiental sejam inexpressíveis.

De acordo com o superintendente do Ibama no Maranhão, Pedro Leão, o órgão acompanhará todas as etapas, e após a operação dará um parecer à STX Pan Ocean, proprietária do navio e contratante da Smit sobre as possíveis intervenções no Vale Beijing. "Se não considerarmos que há total segurança para a realização das operações, faremos um relatório recomendando os reparos no sistema. No entanto, se tudo estiver dentro do padrão exigido, não cabe a nós elaborar outro relatório. A empresa poderá fazer os trabalhos", disse.

Durante as atividades, a tripulação do Vale Beijing simulará um vazamento de combustível, e o sistema current buster será acionado de imediato. Não foi especificada a utilização ou não de um algum produto que se assemelhe a óleo. O current buster, que é móvel, consiste em uma proteção flutuante (boias), com o auxílio de duas embarcações pequenas, que atuam como uma espécie de cordão. O sistema também faz a remoção de óleo derramado no mar. "Os equipamentos que ainda estavam pendentes já chegaram e precisam apenas ser testados agora. A empresa nos apresentou o plano e agora deverá o por em prática", completou.

Plano - Na semana passada, a empresa Smit apresentou à Capitania dos Portos do Maranhão e ao Ibama o Plano de Salvatagem da embarcação. O plano abrange a retirada de 2.500 toneladas de óleo combustível do Vale Beijing, a remoção de carga e o sistema de segurança.

A operação de retirada de combustível, considerada complexa, será realizada em etapas. Após estabilizar o navio por meio de rebocadores e com o lançamento constante de água de lastro no mar, uma balsa será ancorada ao lado do graneleiro, e os equipamentos serão acionados. Com a garantia de segurança na operação, técnicos da Smit iniciarão o procedimento de retirada de parte do combustível (o navio carrega 7 mil toneladas do produto), com bombas de sucção. O óleo será removido por meio de tubos para a balsa.

Outra intervenção diz respeito a remoção de carga. A manobra será feita por um guindaste, que chegou ontem à capital. Será feito o remanejamento de 25 mil toneladas de minério de ferro do porão 7 do navio, para os porões 3 e 5. Isso deve ocorrer para que posteriormente seja possível fazer os reparos nas rachaduras da embarcação, situadas justamente na direção do porão 7. Com o remanejamento, serão reduzidas as chances de o minério de ferro ser derramado no mar.

A Capitania dos Portos do Maranhão garantiu que divulgaria ontem uma nota sobre as operações previstas no graneleiro, mas até o fechamento desta edição O Estado não recebeu o conteúdo. A Marinha do Brasil investiga e abriu um Inquérito Administrativo para apurar as causas das avarias no navio. O Ministério Público Federal aguarda o recebimento de relatórios sobre o navio, que foram solicitados ao Ibama, Vale e Capitania dos Portos. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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