Navio pode ser removido para porto no Ceará

09-12-2011 11:58

Engenheiros sul-coreanos da STX Pan Ocean, empresa proprietária do navio Vale Beijing - ancorado na Baía de São Marcos após ter apresentado problemas no Pier I do Terminal Marítimo Ponta da Madeira (TMPM) -, definiram ontem duas estratégias que poderão ser aplicadas na operação de reparos do graneleiro. A primeira, e mais viável, seria a remoção do navio para o porto de Fortaleza (Mucuripe), onde as águas são mais claras, aumentando assim as chances de mergulhadores realizarem com êxito o conserto do lastro. A segunda possibilidade levantada é de que um outro navio seja ancorado na área de fundeio, ao lado do Vale Beijing, para que ocorram o descarregamento e a retirada do combustível, em uma operação complexa e delicada. Isso porque o terminal da Vale e o Porto do Itaqui não dispõem de equipamentos para essa operação. Os engenheiros, no entanto, discutem os riscos das duas estratégias.

As informações foram asseguradas pelo delegado de Meio Ambiente, Mauro Bordalo, que ontem realizou uma visita preventiva no navio e levantou informações sobre a situação. Ele descartou instaurar um inquérito policial no momento, pelo fato de não existir crime ambiental. Porém, caso haja nos próximos dias, vazamento de óleo ou derramamento de minério de ferro no mar, um inquérito será aberto. A Capitania dos Portos deu continuidade às inspeções no graneleiro e informou que não havia alteração nas avarias da embarcação, até o fechamento desta página.

De acordo com o delegado Mauro Bordalo, que além de visitar o navio sobrevoou a área com uma equipe do Grupamento Tático Aéreo (GTA), o clima na tripulação é de tranquilidade, apesar da gravidade da situação. Ele disse que os engenheiros discutem a melhor forma de reparar as avarias, sem que haja consequências ao meio ambiente. "Os engenheiros estudam o que pode ter causado as fissuras no casco do navio e discutem como consertá-lo em uma área de difícil visibilidade, como é a Baía de São Marcos", disse.

Fortaleza - Ele afirmou que a possibilidade mais viável discutida pelos especialistas náuticos diz respeito à remoção do navio para o porto de Fortaleza, onde os mergulhadores (que já estão em São Luís) poderão fazer os reparos. "As águas de Fortaleza, segundo os engenheiros, são mais claras e mais tranquilas e possibilitam um trabalho mais preciso aos mergulhadores. Essa questão está sendo avaliada criteriosamente por eles", afirmou.

Questionado sobre as condições de navegabilidade do navio e a necessidade de se

usar rebocadores na operação (como ocorreu na remoção do graneleiro do TMPM até a área de fundeio), ele disse que, mediante o que lhe foi apresentado, não há maiores riscos de naufrágio. "Pelo que eu entendi, não será necessária a utilização de rebocadores até o porto de Fortaleza. A operação seria mais simples", acrescentou.

O delegado explicou que a outra possibilidade levantada pelos engenheiros náuticos corresponde à utilização de um segundo navio graneleiro, totalmente equipado, para fazer a remoção da carga e do combustível do Vale Beijing, numa operação bastante complexa. Desta forma, os reparos ocorreriam na Baía de São Marcos, mesmo com a visibilidade prejudicada. "Seria necessária, nesse caso, a utilização de um equipamento não disponível no porto da Vale e no Porto do Itaqui", acrescentou.

O Capitão-de-Mar-e-Guerra Nelson Calmon Bahia, comandante da Capitania dos Portos do Maranhão, disse que a Marinha do Brasil prosseguiu ontem com as inspeções no graneleiro e afirmou não ter havido, até o fechamento desta página, nenhum tipo de alteração nas avarias ou na programação do navio. "Não há nenhuma operação definida até o momento. Por enquanto, o navio continua estável e os engenheiros estudam o que deve ser feito", completou. (Fonte: O Estado do Maranhão)

Contacto

Clipping

Av. Prof. Carlos Cunha, S/N, Edifício Nagib Haickel - Calhau.

(98) 3235-8621