Nordeste deverá crescer acima do PIB, prega Dilma

22-02-2011 10:00

BARRA DOS COQUEIROS - Em sua primeira reunião com governadores do Nordeste, a presidente Dilma Rousseff garantiu que o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento não afetará os investimentos na região.

Ao falar pela primeira vez sobre os cortes, aos quais chamou de “consolidação fiscal” e que deverão ser detalhados nesta semana pelo Ministério do Planejamento, Dilma afirmou que estão livres da tesourada o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o programa Minha Casa, Minha Vida, os investimentos relacionados à Copa do Mundo, além do Programa Emergencial de Financiamento, do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

Dilma Rousseff buscou diferenciar o contexto do freio orçamentário atual ao esforço fiscal de 2003, primeiro ano do governo Lula, quando foram contingenciados cerca de R$ 14 bilhões. Segundo ela, os cortes não afetarão o crescimento do país.

“Lá, havia uma taxa de inflação fora de controle, que não é o caso atualmente. Nós estamos dentro da margem estabelecida de dois pontos acima da meta de 4,5%”, disse a presidente, que também citou a existência de uma reserva internacional de US$ 300 bilhões.

Mantendo o discurso de rigor fiscal, Dilma afirmou que não permitirá o surgimento de pressões inflacionárias e relacionou a manutenção dos investimentos ao controle da inflação.

“É importante que a taxa de investimento cresça acima da demanda por bens e serviços. A taxa de investimento integra a demanda, mas garante a ampliação da oferta”, disse.

Afirmando que não há solução para o Brasil, sem uma solução para o Nordeste, Dilma disse esperar que a região cresça a taxas acima da média nacional. “Temos que manter o PIB crescendo acima da taxa nacional”, declarou.

Dilma também confirmou que irá criar o Ministério da Pequenas e Médias Empresas, como havia prometido durante sua campanha eleitoral, e, no Ministério da Integração Nacional, irá criar a Secretaria Nacional de Irrigação.

O governador Marcelo Déda (PT), anfitirão do XII Fórum dos Governadores do Nordeste, falando em nome dos demais, expressou a preocupação dos colegas com os cortes orçamentários e com o futuro do Sistema Único de Saúde (SUS) e da saúde pública.

Nordeste é estratégico, diz presidente

A presidente da República, Dilma Rousseff, garantiu que criará condições para que a economia nordestina cresça a taxas superiores à do crescimento do produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Dilma buscou acalmar os nove governadores da região, que se mostraram preocupados com corte de

R$ 50 bilhões no Orçamento Geral da União, anunciado recentemente pelo governo. "Nossos cortes preservam os investimentos integralmente", garantiu a presidente.

A presidente ressaltou que resolver os problemas do Nordeste é uma questão estratégia para a política de erradicação da miséria, já anunciada como prioridade do governo.

"A pobreza no Brasil tem uma certidão de nascimento que privilegia, infelizmente, essa região do país", disse a presidente.

Anunciado durante a campanha, mas ainda não concretizado, a criação do Ministério das Pequenas e Médias Empresas voltou a ser citado pela presidente.

Com enfoque mais na região do semi-árido nordestino, um dos pontos mais citados pela presidente durante seu discurso para os governadores do Nordeste, a presidente também prometeu criar uma Secretaria Nacional de Irrigação.

"Não há uma solução para o Brasil sem uma solução para o Nordeste e não há uma solução para o Nordeste sem uma solução para o semi-árido", disse a presidente.

 

(Fonte: O ESTADO DO MARANHÃO, Ed. 17.724, Política – pág. 03

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