O estranho silêncio da Vale do Rio Doce
Muito estranho, para dizer o mínimo, o silêncio da Vale do Rio Doce em relação às diversas denúncias de que empresas maranhenses estão quebrando por conta de eventuais “calotes” sofridos pela mega-mineradora brasileira, privatizada a preço de banana no governo FHC.
Visitei o site da empresa que explora, produz e comercializa minério de ferro, níquel, cobre, carvão, bauxita, alumina, alumínio, potássio, caulim, manganês, ferro-ligas, cobalto, metais do grupo de platina e metais precioso, mas não encontrei uma palavra sobre o caso dos “calotes”.
Pelos lucros que a Vale tem obtido ao longo dos anos, não justifica essa bancarrota sofrida pelas empresas locais que prestam serviços para a ex-estatal.
Para se ter uma ideia, somente no terceiro trimestre de 2010 foram 10,06 bilhões de reais de lucro líquido, ente 3 bilhões de reais registrados em igual período no ano de 2009.
Nesse sentido, não é compreensível o silêncio da Vale em relações à onda de quebradeira de empresas maranhenses, a não ser, claro, que a multinacional, que opera em quase quatro dezenas de países pelo mundo afora, não tenha o que explicar, justificar ou esclarecer.
Por: Robert Lobato
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(Fonte: FÓRUM CARAJÁS, Curtas)