OGX iniciará a produção na Bacia do Parnaíba no segundo semestre de 2012

08-06-2011 08:54

 

A OGX informou ontem, ao apresentar seu plano de negócios para as descobertas de gás natural na Bacia do Parnaíba (terrestre), que o início da produção está previsto para o segundo semestre de 2012. À tarde, executivos da OGX e da MPX reuniram-se com a governadora Roseana Sarney e secretários de Estado para discutir um Plano de Desenvolvimento Sustentável (ver matéria vinculada abaixo).

Ao apresentar seu plano de negócios, a OGC anunciou ainda que os dois campos (Gavião Real e Gavião Azul) no bloco PN-T-68, onde a empresa detém 46,7% de participação, deve atingir uma produção bruta de 5,7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia (aproximadamente 200 milhões de pés cúbico/dia), ou cerca de 36 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd) em 2013 (aproximadamente 15.000 boepd líquido para a participação da OGX).

A apresentação do plano de negócios ocorreu por meio de teleconferência e pôde ser acompanhada no Brasil e nos Estado Unidos. Também abrangeu a Bacia de Campos, onde a OGX iniciará produção no seu primeiro projeto (complexo de Waimea) a partir de outubro de 2011, com uma produção antecipada de até 20 mil barris por dia (bpd).

De acordo com o plano de negócios, os investimentos da OGX (70% de participação em sete blocos) e da Petra (30%) em perfuração na Bacia do Parnaíba estão estimados em US$ 340 milhões. Já os custos totais com instalações - que incluem sistema de captação (linhas e manifolds), produção para gás seco e gasoduto curto – equivalem a US$ 110 milhões.

Mês passado, a OGX apresentou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) as declarações de comercialidade das acumulações Califórnia (agora denominada de Campo de Gavião Azul) e Fazenda São José (Campo Gavião Real), na Bacia do Parnaíba. Os planos de desenvolvimento dos dois campos já foram submetidos ao órgão e estão sendo analisados.

Na região, a empresa de Eike Batista identificou a presença de hidrocarbonetos nos poços OGX-34 e OGX-38, ambos no bloco PN-T-68. No primeiro, foram encontrados 23 metros de net pay de gás em dois intervalos, nas formações Poti e Cabeças. Já no OGX-38, que segue em perfuração, foram identificados 43 metros de net pay de gás, na formação Poti.

O gás natural a ser produzido na Bacia do Parnaíba será preferencialmente destinado às usinas termelétricas que serão construídas pela MPX Energia, também do grupo EBX, em associação com a Petra Energia. O terreno para aquisição da usina já foi adqurido pela MPX, que obteve licença de instalação para 1.863 MW de energia e iniciou o processo de licenciamento ambiental para o desenvolvimento de 1.859 MW adicionais, totalizando um potencial de 3.722 MW.

Licenciamento - Durante a apresentação do plano de negócios, os executivos da OGX informaram a intenção da empresa em iniciar a exploração da Bacia Pará-Maranhão (marítima), dependendo apenas de licenciamento a ser emitido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

"Seguindo o sucesso de nossas descobertas e da campanha de delimitação nas bacias de Campos e do Parnaíba, anunciamos nosso plano de negócios para o desenvolvimento e produção do portfólio de recursos da OGX. A liquidez pro-forma de aproximadamente US$ 5,1 bilhões em caixa que dispomos, nos permitirá atingir um fluxo de caixa positivo em 2014 e assegurar uma produção estimada de 730.000 boepd até o final de 2015", comentou Paulo Mendonça, diretor-geral e de Exploração da OGX.

Roseana e executivos da OGX e MPX discutem plano de desenvolvimento

Foi definido um Plano de Desenvolvimento Sustentável a ser realizado em parceria com o Governo do Estado inicialmente em 10 municípios

A implantação de um Plano de Desenvolvimento Sustentável em parceria entre a OGX, MPX e o Governo do Estado foi definida ontem, no Palácio dos Leões, durante reunião entre a governador Roseana Sarney, executivos das duas empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, e secretários de Estado.

No encontro, também foi discutido o uso do gás para energia térmica e outros processos industriais. Presentes o diretor de Sustentabilidade do Grupo EBX, Paulo Monteiro; o presidente da MPX Itaqui, Édio Rodenheber; o gerente de Desenvolvimento de Projeto MPX, Ricardo Lessa; e os secretários de Indústria e Comércio, Maurício Macedo; e de Minas e Energia, Ricardo Guterres.

Segundo o diretor do EBX, Paulo Monteiro, o levantamento será feito primeiro em 10 municípios, expandindo-se para mais 31 na Região do Médio Mearim. Lá o grupo concentrará a perfuração dos postos de extração de gás. O plano tem por base em um processo participativo, envolvendo poder público, sociedade civil e iniciativa privada. Englobará uma lista de ações prioritárias e mecanismos de gestão, que permitam aos participantes formarem parcerias e implantarem as iniciativas escolhidas.

“Somos co-responsáveis pelo desenvolvimento do território como um todo. Por isso, vamos fazer um levantamento nas áreas de saúde, educação, cultura e na capacitação em conformidade com o plano do governo [Maranhão Profissional]. Haverá uma sintonia, conforme pediu a governadora Roseana”, explicou Paulo Monteiro.

O secretário Maurício Macedo disse que a reunião foi produtiva, pois foi tratada também a capacitação profissional. “Começamos ainda a discutir questões de royalties sobre ICMS para que eles possam iniciar os dois primeiros moldes nas usinas do grupo”, destacou.

Macedo acrescentou que foi discutida a utilização do gás não apenas para energia elétrica, mas também para energia térmica e outros processos industriais que serão atraídos pela disponibilidade do gás.

Para o secretário de Minas e Energia, Ricardo Guterres, o mais importante é que o cronograma está dentro do previsto e o Governo trabalhando para a população usufruir do avanço econômico do estado. “Com a inauguração da termoelétrica Itaqui em novembro, a governadora pediu que sejam feitos investimento social no entorno do cinturão onde estão sendo feitas as obras”, afirmou.

23 poços - A OGX Maranhão espera que o Projeto 1 (Campos de Gavião Azul e Gavião Real) englobe 23 poços de produção, com um tempo estimado de perfuração e finalização de 55 dias. As instalações envolvidas no desenvolvimento incluem um sistema de captação, uma unidade de produção de gás seco e um gasoduto de pequena extensão.

Por meio da Gestão Integrada de Território (GIT), esse trabalho permite que os municípios envolvidos entendam sua realidade atual, o potencial de crescimento e como é possível desenvolvê-lo, construindo uma visão de futuro para toda a região.

Na Região do Mearim, a MPX Energia tem sociedade com outra empresa do Grupo EBX, a OGX Petróleo e Gás, na exploração de blocos terrestres. A OGX Maranhão, sociedade formada pela OGX S.A. (66,6%) e MPX Energia S.A. (33,3%), é a operadora e tem 70% de participação neste bloco, enquanto a Petra Energia S.A. detém os 30% restantes.

No fim de 2010, a OGX Maranhão anunciou a existência de hidrocarbonetos em dois poços. O último anúncio ocorreu em novembro, quando a empresa informou a presença de gás no poço 1-OGX-22-MA, no bloco PN-T-68. A descoberta reforçou a importância estratégica do complexo de geração térmica do Parnaíba, já considerado um marco na expansão da geração a gás no Brasil. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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