OGX priorizará potencial petrolífero do Maranhão

25-03-2012 09:51

O potencial petrolífero do Maranhão é prioridade no plano de investimentos da OGX. Até 2013, a empresa de Eike Batista, que está desenvolvendo campanha exploratória em busca de petróleo e gás no estado, deve atingir a meta de perfurar 29 poços nas bacias terrestre do Parnaíba e na marítima, do Pará-Maranhão. O cronograma de perfuração integra relatório de resultados financeiros e operacionais, referente ao ano de 2011, divulgado sexta-feira passada.

Das duas bacias, a campanha da OGX está mais avançada no Parnaíba, onde já foram perfurados 10 poços, sendo dois em 2010 e oito em 2011, com uma taxa de sucesso de 70%. Nesse período, foi confirmada a descoberta de quatro acumulações de gás, das quais duas já declaradas comerciais, com produção prevista para o início do segundo semestre deste ano. Mais seis novos poços serão perfurados ao longo deste ano e oito em 2013.

Nas duas áreas declaradas comerciais, os campos produtores de Gavião Real (Santo Antonio dos Lopes) e Gavião Azul (Capinzal do Norte), a capacidade estimada de produção de aproximadamente 6 milhões de m³/dia de agás natural a partir de 2013, quando os projetos termoelétricos entram em operação comercial. O desenvolvimento do primeiro poço produtor campo de Gavião Real, GVR-1D, teve início em setembro do ano passado, com realização de testes de formação. Mais cinco poços adicionais foram perfurados na bacia.

Com o sucesso da campanha, a OGX decidiu adquirir 50% de participação em mais um bloco exploratório na bacia, PN-T-102, por meio da subsidiária OGX Maranhão Petróleo e Gás Ltda, que passou a ser operadora desse bloco. Com essa aquisição, a empresa passou a deter oito blocos exploratórios terrestres na bacia do Parnaíba, com área total superior a 24.500 km.

Hoje, há três sondas de perfuração contratadas pela OGX e em operação na Bacia do Parnaíba, além de três equipes de pesquisas sísmicas que reúnem mais de mil trabalhadores na região.

"A terceira sonda terrestre que contratamos foi recém-construída pela BCH Energy Services. Dessa forma, além de mantermos o foco na delimitação e desenvolvimento dos nossos dois campos atuais, avançaremos com a perfuração de novos prospectos já mapeados em nossa extensa área de concessão, como o prospecto Fazenda Axixá no qual recentemente iniciamos a perfuração do poço pioneiro OGX-77", afirma o relatório.

Gás natural - Paralelamente às perfurações, a OGX realizou audiências públicas e obteve licenças prévias e de instalação, concedidas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), para a construção da Unidade de Tratamento de Gás Natural - UTG. O processo teve início a partir de contrato de EPC (Engineering, Procurement & Construction) firmado com o consórcio Valerus-Geogas, que será responsável por toda a instalação de superfície e pela planta de processamento de gás do projeto.

As obras civis já foram iniciadas na região, como a abertura de faixas de servidão, por onde irão passar os gasodutos que irão escoar a produção de gás, e a construção da UTG. Este projeto fornecerá gás natural para o Complexo Termelétrico MPX Parnaíba, associação entre a MPX Energia e Petra Energia S.A., ambas parceiras da OGX nesta bacia. Atualmente, a capacidade total contratada do Complexo já alcança 1.500 MW.

A MPX, por sua vez, já tem contratos de EPC para implantação do complexo termoelétrico MPX Parnaíba, que inclui Parnaíba - Fase I e II. A MPX também já assegurou o fornecimento das turbinas para o complexo com a GE Energy. Três das seis turbinas encomendadas já foram enviadas ao Brasil.

Os recursos, no valor de R$ 600 milhões, para o desenvolvimento desse primeiro projeto na bacia, incluindo a perfuração de poços e construção da UTG e de outras facilidades, foram captados pela OGX Maranhão.

Empresa detém 5 blocos na bacia Pará-Maranhão

Outra bacia que desperta interesse da OGX é a Pará-Maranhão, onde detém a concessão de cinco blocos e planeja perfurar cinco poços até 2013, sendo dois ainda este ano. Os planos eram iniciar os trabalhos em 2011, inclusive até chegou a contratar a sonda Ocean Sceptor, mas por não ter recebido licenciamento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a campanha teve de ser suspensa.

Só na mobilização da campanha exploratória na Pará-Maranhão feita ano passado, com a contratação de barcos de apoio, helicópteros, sonda e outros equipamentos e prestadores de serviços, a OGX teve um gasto de R$ 195,6 milhões.

A empresa chegou até a participar de audiências públicas promovidas pelo Ibama, tanto no Maranhão como no Pará, com a finalidade de expor à sociedade o processo de licenciamento ambiental da atividade de perfuração marítima. A audiência foi a última etapa para a empresa obter o licenciamento.

Mas, devido à demora na obtenção das licenças ambientais necessárias para o início da campanha de perfuração, a OGX desmobilizou os equipamentos e profissionais envolvidos para evitar mais custos até que a licença seja concedida. A plataforma Ocean Scepter, com capacidade para perfurar poços de aproximadamente 11 mil metros de profundidade, em lâmina d'água máxima de até 100 metros, foi devolvida à empresa Diamond Offshore.

Sobre a OGX

Focada na exploração e produção de óleo e gás natural, a OGX Petróleo e Gás S.A. é responsável pela maior campanha exploratória privada no Brasil. A OGX tem um portfólio diversificado e de alto potencial, composto por 30 blocos exploratórios no Brasil, nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão e Parnaíba e cinco blocos exploratórios na Colômbia. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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